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Cuiabá, 29 de Junho de 2025
29 de Junho de 2025

29 de Junho de 2025, 10h:41 - A | A

GERAL / DADOS ALARMANTES

Casos de suicídio crescem 30% em Cuiabá e psiquiatra alerta: "É uma emergência de saúde pública"

A declaração foi feita na reunião ordinária da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



Cuiabá registrou um aumento de 30% nos casos de suicídios nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A informação é da psiquiatra Olicélia Poncioni, que atua no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

“Se no ano passado os dados já eram alarmantes, este ano esse crescimento é assustador. Se continuar nesse ritmo, esse número vai dobrar em pouco tempo. É uma emergência de saúde pública”, alertou.

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A fala foi feita na reunião ordinária da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizada na última terça-feira (24), quando se discutiu os desafios da saúde mental no estado.

Conforme a médica, entre 20% e 30% das consultas em serviços de emergência estão diretamente relacionadas à saúde mental, com aumento expressivo nos casos de depressão, ansiedade e transtornos psicóticos.

Ela também lembrou que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 450 milhões de pessoas no mundo são acometidas por transtornos mentais, que representam 12,3% das causas de invalidez.

Conforme os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 1 milhão de pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, o que significa uma morte a cada 40 segundos no mundo e uma a cada 45 minutos no Brasil, totalizando mais de 2.160 mortes por dia em todo o país.

A faixa etária de pessoas que cometem suicídios está entre 17 e 29 anos. As mulheres apresentam tentativas, mas os homens são os que mais concretizam o ato.

Para Olicélia Poncioni, o caminho para enfrentar esse cenário começa na atenção primária, ou seja, nos postos de saúde e nas unidades básicas de saúde dos bairros.

“Se o paciente chega no postinho, fala com o agente de saúde e não encontra acolhimento ou atendimento adequado, ele não tem para onde ir. Muitos nem têm dinheiro para o transporte. É na saúde básica que começa a prevenção. Se a gente agir na base, com certeza teremos menos internações e menos emergências psiquiátricas no HMC”, concluiu.

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