CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
Após novo desmoronamento de terra na cabeceira, a Ponte Benedito Figueiredo, localizada sobre o Rio Coxipó, será parcialmente interditada pela Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) nos próximos dias.
A Prefeitura de Cuiabá e a Secretaria de de Cidades do Estado (Secid) negam o risco de que a estrutura possa desabar, mas admitem a necessidade de redução do fluxo de veículos no local.
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"A gente vai estreitar a passagem lá para precaver que aconteça qualquer coisa naquela região. Vamos monitorar todos os dias e tomar as medidas cabíveis para coibir qualquer situação de risco”, disse o secretário-adjunto da Secid, Ernesto Negrete.
As imagens do desmoronamento de terra, na cabeceira da ponte, circularam nas redes sociais esta semana e causaram alerta entre a população.
O procurador-geral do Município, Nestor Fidelis disse ao que uma reunião de emergência foi realizada na Prefeitura e técnicos da Defesa Civil apontaram as falhas da obra e necessidade de reparos.
“Os técnicos da Defesa Civil fizeram vistoria e detectaram que a obra foi mal executada. Eles trouxeram esse problema para reunião e o prefeito [Emanuel Pinheiro] entrou em contato com o secretário de Cidades, Wilson Santos, para relatar o caso. Os técnicos deixaram claro que não há risco de desabamento, mas indicaram que seria prudente a interdição, para realizar os reparos”.
A obra da ponte é de responsabilidade do Estado, por meio da Secid, porém, a pasta rompeu o contrato com a empresa, A.I. Fernandes Serviços de Engenharia, por não cumprir o prazo de finalização.
“A empresa não conseguiu cumprir com o cronograma de 90 dias, que era o período estipulado para executar a obra. Nesse período foi concluído apenas 33% então vamos abrir nova licitação e contratar outra empresa que certamente conseguirá concluir a obra em até 60 dias após iniciar os trabalhos”, afirmou o adjunto.
O Município vai notificar o Estado sobre os riscos do local.
A obra
A obra de reparo foi orçada em R$ 626,34 mil e previa realizar a estabilização da margem esquerda da cabeceira da ponte com a utilização de gabiões caixa (tipo de estrutura armada, flexível, drenante e de grande durabilidade e resistência) e o reaterro compactado da área.
A construção desta ponte foi idealizada para a Copa do Mundo de 2014 e teve orçamento final de R$ 5,83 milhões. O objetivo da obra que liga as avenidas Beira Rio à Quindauguro Fonesca, era desafogar o trânsito na Avenida Fernando Corrêa, uma das principais de Cuiabá.