Âncora do MTTV chora ao falar de enfermeiro morto pela covid, fica sem voz e sai do ar

RepórterMT/Reprodução

Leandro Trindade se emociona e pede intervalo comercial por não conseguir falar.

DA REDAÇÃO

O jornalista Leandro Trindade, que apresenta o MTTV 1ª Edição, da TV Centro América (afiliada da TV Globo), não conseguiu segurar a emoção logo após assistir uma reportagem que tratava sobre a morte do enfermeiro Athaíde Celestino da Silva, de 63 anos, que estava internado há 37 dias em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após ser contaminado pelo novo coronavírus.

O choro aconteceu durante a edição de quinta-feira (07), logo após a reportagem, e o apresentador precisou chamar o intervalo comercial para se recuperar. No entanto, ao retornar ele tinha que ler uma carta que a esposa de Athaíde escreveu, mas ainda não conseguiu. 

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“Desculpe você de casa. Estamos tratando de vidas”, disse Trindade com a voz embargada novamente.

No entanto, essa não é a primeira vez que o jornalista chora ao vivo na TV. Em 2017, durante o link para o Bom dia MT, Leandro Trindade não conseguiu terminar sua participação ao falar do assassinato do dentista João Bosco de Freitas, 62 anos, durante um assalto em Cuiabá.  Ele era amigo da vítima e acompanhou todo o drama da família de perto.

A morte

Athaíde Celestino da Silva atuava na Unidade III do complexo de saúde do Adauto Botelho. Conforme apurou o , a vítima pertencia ao grupo de risco, tinha obesidade, problemas cardíacos, era hepatopata e hipertenso.

De acordo com os dados oficiais, o enfermeiro foi a 12ª morte ocasionada pelo coronavírus em Mato Grosso, sendo o terceiro óbito registrado e notificado pelo município de Cuiabá. 

O Sisma (Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso) apontou que das cinco unidades que poussuí o Adauto Botelho, apenas na unidade três foram registrados 22 casos de coronavírus, sendo 16 servidores, 2 conjugês, e 4 pacientes, os números foram atualizados na sexta-feira (01.05). Grande parte dos casos foram sintomáticos leves ou assintomáticos; isto é, não manifestaram sintomas. 

Todos os pacientes e profissionais que testaram positivo ou que mantiveram qualquer tipo de contato com os diagnosticados cumpriram regime de isolamento ou quarentena.