CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, anunciou nesta sexta-feira (20) que a categoria vai suspender visitas nos presídios e outros tipos de atendimento por tempo indeterminado, a partir deste sábado (21).
Ao , João Batista disse que a categoria se reuniu durante a tarde desta sexta-feira (20) e decidiu que o serviço vai funcionar em sistema de "operação padrão", com atuação de todo o efetivo, mas exercendo somente atividades específicas. Só serão atendidos setores como segurança das unidades, onde 100% dos agentes penitenciários estarão posicionados na torre, contenção e guarita, alimentação, escoltas apenas em caso de emergência de saúde do preso.
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"Vamos trabalhar com 100% do efetivo, mas o atendimento será somente em alguns setores, como alvará de soltura, alimentação e medicamento de presos, além de rondas e vigia nas guaritas, para evitar fugas, rebeliões ou brigas dentro da prisão”, disse João Batista.
Dentre os serviços paralisados neste período, estão escoltas, visitas, atendimentos médicos, revistas e audiências. A ameaça de greve continua até que o sindicato faça acordo com o governador Pedro Taques, sobre os reajustes salariais pleiteados pela categoria.
“A reunião com o Governo está agendada para a próxima semana, e só vamos sair do indicativo de greve e voltar a atender normalmente depois desta reunião e se fecharmos um acordo sobre o reajuste salarial que está defasado há dois anos. Se não for estabelecido um acordo, a categoria vai entrar em greve”, concluiu o presidente.
Em Mato Grosso, os serviços do sistema prisional são feitos exclusivamente pelos agentes, como escolta, segurança nas guaritas, intervenção interna, além de controle e organização de visitas.
Ao todo, o efetivo do Estado conta com 2,5 mil agentes prisionais. Estes servidores atendem 57 unidades prisionais no Estado com a população carcerária de 10,8 mil mil presos. São 6,5 mil a mais do que a capacidade máxima. Na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, que é a maior unidade, há 1,8 mil presos nas 900 vagas disponíveis.
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