Assisto Investigação Discovery e estou habilitado a desvendar a história de Joice Hasselman

Reprodução

Bolsonaro e Joice

RAFAEL DE SOUSA
DA EDITORIA

Numa manhã gelada em Cuiabá (1.076 km da Capital do país) esse humilde jornalista começou a juntar as peças sobre tudo o que tem acontecido nas investigações que envolvem o “misterioso’, suposto, ataque à deputada federal Joice Hasselmann.

Peguei os fatos e juntei aos anos de experiência que tenho de Investigação Discovery (ID). Para quem não sabe ID é um canal da TV paga especialista em séries de crimes reais com narrações, depoimentos, reprodução dramática e resoluções dos casos mais improváveis.

Então vamos começar com a sequência de fatos, segundo a imprensa nacional.

No dia 18 de julho, sem lembranças, Joice acorda em uma “poça de sangue”, cheia de hematomas, com dentes quebrados e fraturas.
Durante o suposto espancamento, Joice sequer gritou. Sofreu tudo ‘dormindo’.

A própria deputada, ao acordar ‘quase linchada’, ligou para pedir ajuda ao marido, que estava dormindo no “quarto ao lado”.

Ele não acordou com a sessão de espancamento sofrida pela esposa entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18, mas o simples toque de um celular foi o suficiente para que despertasse e atendesse a ligação.

Tudo me parece bem esquisito, mas vamos em frente.

Joyce foi socorrida pelo marido, que é médico e, consequentemente, tinha noção de todas as fraturas e lesões, porém, a ‘vítima’ não foi encaminhada ‘imediatamente’ ao hospital. O que seria a iniciativa de qualquer um de nós, meros mortais, ao socorrer uma pessoa gravemente ferida: encaminhar a uma unidade de saúde ou chamar o “Samu”.

A deputada ‘se esforçou’, apesar de todas as lesões, e julgou ser mais importante limpar a casa, entende-se local do crime, durante o final de semana, do que passar por uma avaliação médica, fazer exames e ser medicada.

Importante destacar, o marido de Joyce saiu em viagem na segunda-feira (19), apesar da gravidade do estado de saúde da esposa.

Dúvida! Após sofrer um atentado, uma sessão de espancamento e ser socorrido pelo marido quais as primeiras ações a serem tomadas? Solicitar atendimento médico e acionar a polícia ou ficar em casa e fazer limpeza? Você leitor faria o quê?

Três dias depois sofrer o ataque ‘misterioso’, talvez se sentindo melhor, mais recuperada e com a casa limpa, a deputada sentiu a necessidade de procurar ajuda médica. Sozinha, ela foi ao hospital. Ao fazer a ficha, se identificou como ‘um nome qualquer’, menos Joyce Hasselman.

A deputada passou por avaliação e o diagnóstico teria sido: “filha você levou pelo menos umas cinco quedas e muitos chutes”, devido à quantidade de hematomas e gravidade das lesões.

A partir daí tudo veio à tona, claro, depois de a ‘vítima’ ir à internet.

Em seu relato ao ‘júri virtual’, Joyce, apesar de não lembrar de nada do que aconteceu e simplesmente acordar ‘desse jeito’, dá a entender quem seria seu agressor. À imprensa ela quase grita: “Tudo culpa do Jair”.

Explica ainda que a Polícia Legislativa vai investigar. Mas por que não a Polícia Federal, não seria mais efetivo?

A deputada estaria magoada com as suposições que circulam na internet de que ela teria sofrido um acidente de trânsito ao dirigir sob efeito de drogas. Joyce teria pedido perícia em seu carro e negou ter se recusado a fazer exame toxicológico. “Fiz até DNA”.

Enfim, “Tudo culpa do Jair”.

Não podemos dizer que esta é uma história ‘bem contada’, mas tem um clímax. Se antes o Brasil queria saber quem matou Odete Roitman, o fato agora é descobrir “quem atacou Joice Hasselmann?”

Para com isso, “Tudo culpa do Jair”.

Vale ressaltar que até o momento não há sinais de arrombamento ou registros de pessoas estranhas entrando em seu apartamento funcional. Até então, as investigações não apontam nenhuma invasão.

O caso segue em investigação, mas e o “Jair”? Ele tá achando esquisito.