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Cuiabá, 13 de Fevereiro de 2025
13 de Fevereiro de 2025

09 de Junho de 2018, 17h:54 - A | A

ENTREVISTA / PLÁSTICA PARA TODOS

Cirurgias da internet são feitas por clandestinos; médico alerta

Em maio, a esteticista Edléia Daniele Ferreira Lira, 33 anos morreu vítima de complicações após uma lipoescultura por meio do programa Plástica Para Todos.

ANA CRISTINA VIEIRA
DA REDAÇÃO



O cirurgião plástico e presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Jubert Sanches alerta, em entrevista ao sobre os riscos de procedimentos realizados por meio de programas, como Plástica para Todos, que oferecem pela Internet consultas em valores mais baixos do que os praticados e pacotes de cirurgias.

"A SBCP é contra esses programas porque o médico que trabalha com mediadora, que faz a referência para aquele médico, vai contra a ética médica, é um tipo de comercialização. Você faz um ato médico, e isto não é comércio. Cirurgia não é produto, você compra cirurgia cardíaca na Internet? Por que cirurgia plástica pode ser vendida na Internet?", questiona.   

Sanches alertou que profissionais de outras áreas da saúde, que não são cirurgiões, estão realizando lipoescultura, considerado procedimento de alto risco se realizado em área maior do que 40% do corpo ou 7% do peso corporal.

Em maio, a esteticista Edléia Daniele Ferreira Lira, 33 anos morreu vítima de complicações após uma lipoescultura realizada, em Cuiabá, por meio do programa Plástica Para Todos. 

Jubert Sanches afirma que o padrão imposto pelo mercado da beleza tem levado cada vez mais pacientes a se arrependerem de procedimentos já feitos. Atualmente, explica o médico, pacientes que colocaram próteses de silicone anteriormente para aumentar a mama, buscam uma nova cirurgia para diminuir o volume dos seios. O resultado da cirurgia para o aumento da região glútea também nem sempre fica como o esperado.

Confira a entrevista na íntegra:

 

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