DA REDAÇÃO
No Ministério Público Estadual , as declarações feitas pelo vereador João Emanuel (PSD), após deixar a prisão, nessa sexta-feira (28), já se tornaram motivo de piada. Em coletiva, o vereador afirmou que sua prisão teve interesses políticos que teriam partido inclusive de membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelas investigações que apontam o envolvimento do parlamentar em grilagem de terra e fraudes à licitação da Câmara de Cuiabá.
“Nós temos até informações de que o próprio Gaeco pode vir a ter pessoas como candidatos. Isso é o que corre dentro dos bastidores, que alguns deles podem vir a ser candidato, não nesse, mas no próximo pleito”, disse João Emanuel.
Apesar do peso das declarações de João Emanuel, os promotores do Gaeco, preferem não comentar. De acordo com a assessoria do órgão, o Gaeco vai aguardar o julgamento do mérito da ação contra o vereador.
De acordo com a defesa de João Emanuel, não cabe recurso à decisão do desembargador Gilberto Giradelli, que analisou o pedido de habeas corpus e nesta sexta-feira (28), deferiu o pedido de liminar e mandou soltar o vereador.
Agora, a juíza Selma Rozane Arruda, da Vara do Crime Organizado, que pediu a prisão do vereador será intimada num prazo de cinco dias para prestar informações, depois o processo irá para análise dos procuradores do Ministério Público e em seguida irá o julgamento do mérito, que deve sair no prazo de 20 a 40 dias.