DA REDAÇÃO
A advogada Michelle Marie, que faz a defesa de André Guerra, investigado pelo Gaeco na Operação Aprendiz, entrou na última sexta-feira (4) com um Habeas Corpus em favor do seu cliente. Segundo a defensora, o HC ainda não foi julgado pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Gilberto Giraldelli.
André, que é interditado pela Justiça, teve a prisão preventiva decretada no dia 26 de março, uma quarta-feira. Como não estava em Cuiabá, já que mora em Cascável, interior do Paraná, ele não foi preso e, segundo ela, o acusado não pode ser considerado um foragido.
Michelle criticou a forma como ocorreu o pedido de prisão do seu cliente. A advogada disse que a prisão é totalmente contrária o que prevê a legislação.
Ela argumenta que não foi respeitado o princípio da inocência, e a prisão só deveria ocorrer após o trânsito em julgado, quando não cabe mais recurso, caso o acusado fosse condenado.
Também na semana passada, a advogada Angélica Maciel, que defende Marcelo Ribeiro, também investigado na operação Aprendiz e que teve um HC a favor do cliente concedido pelo desembargador Gilberto Giraldelli, entrou com um pedido de suspeição contra a juíza Selma Arruda. Ela entende que teve a defesa prejudicada no processo, além da decisão de decretar a prisão preventiva dos envolvidos como se fosse uma sentença condenatória.
No dia do cumprimento da prisão, o vereador João Emanuel (PSD) e Amarildo dos Santos foram presos. Os dois já estão em liberdade após a concessão de um HC dado pelo desembargador Gilberto Giraldelli.
