VINÍCIUS LEMOS
DA REDAÇÃO
Um alerta do Ministério das Relações Exteriores para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) culminou na “Operação Esculápio”, que tem o objetivo de comprovar o esquema de uso de diplomas e documentos falsos. A investigação teve início na sexta-feira (18) e a justiça emitiu 41 mandados de busca de apreensão em 14 Estados, dentre eles, Mato Grosso.
Após receber o alerta, a UFMT pediu à faculdade de medicina que investigasse, juntamente a instituições internacionais, a origem dos diplomas dos inscritos no programa "Revalida", que tem o objetivo de validar o diploma de médicos formados no exterior. Após constatar que alguns documentos foram fraudados, a universidade acionou o Ministério da Educação (MEC) e informou a situação.
A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli, falou sobre o caso. “A nossa preocupação era que algum suposto médico passasse sem ser realmente formado, sem possuir diploma”, disse Cavalli, que também relatou que, entre os aprovados, não há suspeita de falsificação de diploma. “Nenhum dos suspeitos de falsificarem o documento foram aprovados. Todos que conseguiram revalidar o diploma estão com a documentação correta”. De acordo com a reitora, apenas seis dos 900 inscritos no Revalida foram aprovados.
A Justiça emitiu 41 mandados de busca de apreensão em 14 Estados: Mato Grosso, Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os acusados responderão pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.
SUSPEITA DE CUIABÁ
A médica e fisioterapeuta, Elynéia Lima Bezerra Pastrello, teve o diploma apreendido pela Polícia Federal por suposta participação no esquema de uso de diplomas e documentos falsos de Medicina. Entretanto, o advogado de defesa da médica, Lázaro Moreira Lima, disse ao Repórter MT, que Elynéia cursou medicina na Bolívia e utilizou o programa "Revalida" para legalizar a formação no Brasil.