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Cuiabá, 19 de Setembro de 2024
19 de Setembro de 2024

31 de Maio de 2012, 08h:12 - A | A

CIDADES / FARMÁCIA DE ALTO CUSTO

Falta de medicamentos pode afetar 15 mil pessoas em MT

Em MT somente uma Farmácia de Alto Custo, responsável por 265 tipos de medicamentos

LAÍS FERREIRA



A falta de medicamento é um problema constante que afeta os cadastrados no Programa da Rede Sus. Há mais de dois meses a composição de Brimodina e Timolol utilizado para o glaucoma está em falta nas prateleiras da Farmácia.

Outro medicamento que também estava em falta era a Insulina Glulisina(Apidra), usada no tratamento de diabetes. O abastecimento das prateleiras somente foi feito um mês após a constatação do problema, conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde.

Enquanto os dependentes já fazem o uso da Insulina, aqueles que necessitam do uso da composição Brimodina Timolol deverão aguardar por mais 15 dias, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

A Secretaria afirmou que a aquisição e a distribuição dos remédios é feita pelo Estado e que o desabastecimento é ocorrência de atraso de licitação e falta de matéria prima.

Atualmente, no Estado de Mato Grosso, há somente uma Farmácia de Alto Custo, responsável por disponibilizar um total de 265 apresentações, a compra desses medicamentos gera um gasto de R$45 milhões por ano. A Farmácia de Alto Custo atende 15 mil usuários.

A aposentada Ana Maria Santana, 68, é uma dessas usuárias. Ao RepórterMT ela contou que faz o uso diário da Insulina há mais de um ano. “Com a aposentadoria que recebo, não tenho condições de comprar o medicamento, por esse motivo, estou cadastrada no Programa da Rede SUS e quando ocorre o desabastecimento na Farmácia Alto Custo tenho que pedir ajuda aos meus filhos”, afirmou. De acordo com a aposentada os gastos mensais com a compra do medicamento é de aproximadamente R$1 mil.

O problema que afeta os cadastrados no Programa da Rede Sus também foi registrado no ano passado. Transplantados ficaram sem receber medicamentos durante vários meses. Os remédios de alto custo fundamentais para evitar a rejeição do novo órgão, sumiram das prateleiras da farmácia em Cuiabá. Após as denúncias de falta de medicamentos, o então secretário, Pedro Henry, confirmou o problema e assumiu o caos existente na distribuição de remédios. Na época o estado realizou treinamento e mudanças nos sistemas e no estoque de armazenamento dos remédios, o que ocasionou o problema.

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