VINÍCIUS LEMOS
                
            
    
        Em meio ao programa do Governo Federal “Mais Médicos” e a criação da Empresa Cuiabana de Saúde da Prefeitura de Cuiabá, é comemorado nesta sexta-feira (18) o Dia do Médico. Descontente com os rumos do Sistema Único de Saúde (SUS), a categoria realizou uma paralisação na data comemorativa para reivindicar melhorias na estrutura das policlínicas e no Pronto-Socorro da Cuiabá. Por conta dos diversos problemas apresentados no SUS, é cada vez maior o número de estudantes de medicina que planejam exercer a profissão somente em instituições particulares. Há, porém, aqueles que acreditam que trabalhar na saúde pública é fundamental para a profissão.
 Estudante do sexto ano de medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Luana Taques, 25 anos, revelou ter se apaixonado pela profissão por conta do pai, que também é médico. “O reconhecimento dos pacientes sempre me encantou”, disse a jovem, que está fazendo estágio no Hospital Geral Universitário (HGU) e sofre com a precariedade da saúde pública. “Eu fico chateada quando vejo os pacientes tendo que chegar muito cedo para serem atendidos. A espera pela consulta demora muito e os recursos são bem escassos”.
Estudante do sexto ano de medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Luana Taques, 25 anos, revelou ter se apaixonado pela profissão por conta do pai, que também é médico. “O reconhecimento dos pacientes sempre me encantou”, disse a jovem, que está fazendo estágio no Hospital Geral Universitário (HGU) e sofre com a precariedade da saúde pública. “Eu fico chateada quando vejo os pacientes tendo que chegar muito cedo para serem atendidos. A espera pela consulta demora muito e os recursos são bem escassos”.
Foi por meio do estágio que a universitária, que pretende se especializar em oftalmologia, resolveu trabalhar somente em hospitais particulares. “Na minha turma, a maioria dos colegas com os quais converso, não vão trabalhar em hospital público. O SUS não nos dá segurança, é desgastante e muitas vezes o salário atrasa”, lamenta. Com relação ao programa “Mais Médicos”, ela afirmou ser um grande erro do governo. “Estão tentando consertar a Saúde de forma errada. Não precisamos de mais médicos, precisamos de melhores qualidades no trabalho e mais estrutura”, declarou.
NA CONTRAMÃO
A vontade de ajudar o próximo motivou o universitário Domingos Jácomo Neto, 24 anos, a cursar medicina. Estudante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o jovem está no quinto ano da faculdade e pretende exercer a profissão na rede pública de saúde. "Não escolhi a medicina para ficar preso em uma sala com ar condicionado, mas para ajudar as pessoas. Serei mais útil em uma comunidade, não em um consultório", disse. Apesar de acreditar que o SUS é precário, Jácomo avaliou que pode fazer a diferença. "A maneira como o Sistema Único de Saúde foi idealizado, em 1988, é muito boa. Porém, ficou tudo somente no papel", afirmou.
 ficou tudo somente no papel", afirmou.
O fato de estudar em uma instituição pública também é um dos fatores que motiva o jovem a desejar atender pelo SUS. Eu estudo em uma universidade federal. É como se atender na saúde pública fosse uma retribuição pelos investimentos da população nos meus estudos. Grande parte dos meus colegas da UFMT possuem a mesma ideia e pretendem atender, sim, pelo SUS", relatou o rapaz, que ainda não definiu em qual área da medicina se especializará.
PARALISAÇÃO E PROTESTOS
Em decorrência do Dia do Médico, a classe realizou paralisação nos serviços da rede pública nesta sexta-feira (18), permanecendo em atividade apenas a urgência e emergência. Pela manhã, foi realizada uma assembleia com o grupo para debater sobre o recém-aprovado projeto Empresa Cuiabana de Saúde, que teria a finalidade de auxiliar nos projetos de saúde da prefeitura e auxiliar no envio de recursos por parte do Ministério da Saúde, retirando o acúmulo de funções sobre a pasta.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Elza Queiroz, o projeto Empresa Cuiabana de Saúde é uma tentativa de privatizar a saúde pública. “O prefeito está querendo tornar privado o SUS. Somos contra esse projeto”, afirmou.
Sobre o indicativo de greve, Queiroz afirmou que a possibilidade não foi descartada. "A possibilidade de uma greve seria debatida nesta sexta-feira (18), mas nós fomos pegos de surpresa pelo projeto do Mauro Mendes e acabamos não debatendo o indicativo", relatou a líder sindicalista, que informou que uma nova assembleia será marcada futuramente para que a categoria discuta sobre o tema.




 
      
      
    
 
                
                 
                   
     
     
     
     
    

 
                    
 
                    





















