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Cuiabá, 17 de Maio de 2025
17 de Maio de 2025

28 de Novembro de 2012, 10h:54 - A | A

CIDADES / REDE CEMAT / REAJUSTE ABUSIVO

Emanuel avalia medida judicial; Fraga vê caos na empresa

Mesmo com a majoração, a situação da empresa é preocupante. Os deputados Zé Domingos Fraga e Emanuel Pinheiro apontaram para a ausência de capacidade de investimentos

ANDRÉA HADDAD



O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) pretende ingressar com ação na Justiça Estadual na tentativa de reverter o aumento de 9,54% na tarifa de energia elétrica no Estado. O reajuste atinge mais de 1,1 milhão de unidades consumidoras, o que vai proporcionar um incremento de pelo menos R$ 16 milhões por mês no caixa das Centrais Elétricas Mato-grossense (Cemat).


Mesmo com a majoração, a situação da empresa é preocupante. Os deputados Zé Domingos Fraga (PSD) e Emanuel Pinheiro (PR) apontaram para a ausência de capacidade de investimentos e melhorias da atual gestão, após participarem de reunião no Colégio de Líderes, na tarde desta terça (27), com o interventor da Rede Cemat, Jaconias de Aguiar. Nomeado pelo Ministério das Minas e Energia, o representante informou que tem a missão de encontrar um comprador para a empresa, já que após a privatização o sistema parece ser sido “sucateado”. 


“Por irresponsabilidade da Cemat, produtores mato-grossenses não têm infraestrutura. É uma vergonha para um Estado com vocação para o agronegócio e que cresce a percentuais acima da média nacional todos os anos”, disparou Zé Domingos, na sessão vespertina desta terça (17). Emanuel também pondera que o interventor não foi convincente nas explicações. “Ele apresentou relatório técnico, mas não convenceu sobre o aumento abusivo na conta de energia que prejudica todos os mato-grossenses”, frisou.


Segundo o republicano, o interventor alegou que a empresa não reajustava as tarifas desde abril deste ano. “Não justifica. Os valores estão além do poder aquisitivo da população”, rebateu Emanuel. Zé Domingos criticou o fato do aumento ter ocorrido justamente nos meses em que a temperatura anualmente é mais elevada no Estado. “No momento em que mais precisamos da energia, em que está mais calor, dão este aumento abusivo”, protesta.


O social-democrata também apontou que há empresários e produtores interessados na exploração da transmissão de energia no Estado, mas são barrados em função de uma medida provisória de exclusividade ao Grupo Rede. “Há produtores com interesse nisso, querem alavancar as próprias produções, mas não podem por falta de infraestrutura”, critica Zé Domingos.

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