DA REDAÇÃO
As obras para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região da avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) transformarão uma das principais vias de Cuiabá, contígua ao Centro Histórico da cidade. Desde o fim de março uma equipe do Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande, formada por arqueólogos e engenheiros ambientais, realiza prospecção arqueológica ao longo da avenida.
Nas sondagens são feitas perfurações e coletados materiais que posteriormente seguem para análise, cujas atividades fazem parte do programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, executado pelo Consórcio VLT, com intuito de resgatar e resguardar exemplares históricos. Esse trabalho é necessário para o reconhecimento do solo antes que se iniciem as escavações para obra civil.
“Uma obra começa de fato quando os primeiros trabalhos são realizados. A intervenção no trânsito só será feita quando não existir mais nenhuma possibilidade de se trabalhar sem que se ofereça risco à população. A partir de então interferimos nas vias”, explica o assessor de Mobilidade Urbana da Secopa, Josemar de Araújo.
Após a sondagem arqueológica terão início os serviços para as obras civis, com remoção de interferências e realocação das redes de telecomunicação e água, para posteriormente avançar com as atividades relacionadas à via permanente. As pistas próximas ao canteiro central serão bloqueadas nos dois sentidos para implantação do canteiro de obras. Inicialmente, não haverá necessidade de implantação de rota alternativa, apenas a redução das faixas de rolamento.
Quando houver necessidade de se intervir nos cruzamentos (Dom Bosco, Generoso Ponce, Getúlio Vargas, Voluntários da Pátria e Avenida Mato Grosso) essas obras serão executadas à noite ou em momentos de fluxo reduzido, como nos fins de semana. O mesmo será feito com os calçamentos e a pavimentação.
No que compreende a obra de reforço do canal da Prainha as ações não vão interferir na estrutura existente do córrego. Serão efetuadas alterações no posicionamento do escoamento da água pluvial para que a mesma seja conduzida ao canal. Com a nova estrutura de drenagem com bocas de lobo (sob as futuras calçadas) as redes coletoras de água da chuva serão refeitas, corrigindo e prevenindo os pontos de alagamentos existentes na região.
Será realizado também o cravamento das estacas que vão sustentar as vigas pré-moldadas, sublajes e lajes da estrutura da via permanente do VLT. Maquinários que permitem reduzir ao máximo as vibrações serão utilizados para preservar não só o canal como também as demais estruturas existentes no entorno, inclusive as construções antigas do Centro Histórico e entorno.