Jovem que foi presa na Síria é detida durante perseguição policial em Cuiabá

RepórterMT/Reprodução

A confusão começou na Lagoa Trevisan, região da Rodovia dos Imigrantes.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO

A ex-auxiliar administrativa da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) Juliana Cruz, 25 anos, – que no ano passado foi presa na Síria, acusada de se envolver com um jovem do exército rebelde – se envolveu em mais uma confusão no último final de semana. Ela foi detida com o namorado, Weslen Carvalho da Silva, 24 anos, pela Polícia Militar, em Cuiabá.

Consta no boletim de ocorrência que na noite de domingo (02), a PM foi acionada por conta de disparos durante uma festa na Lagoa Trevisan, na região da Rodovia dos Imigrantes e Palmiro Paes de Barros (MT-040). Ao chegar ao local, a viatura se deparou com Weslen e Juliana que estavam em um Volkswagen Saveiro.

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Ao ver os policiais, Weslen arrancou com o carro em direção ao Bairro Distrito Industrial.

Por várias vezes os policiais deram ordem de prisão, pedindo que o jovem parasse o veículo, mas ele continuava com a fuga em alta velocidade, “gerando perigo às guarnições, aos suspeitos e aos moradores do bairro”.

Os policiais só conseguiram prender o rapaz na Avenida A do Distrito Industrial, quando ele perdeu a direção do veículo, saiu da pista e bateu em um barranco de terra no canteiro da via.

Weslen ainda tentou fugir a pé, mas foi detido. Ao ver a situação, Juliana saiu do carro e tentou segurar os policiais para impedir a prisão do namorado, mas ela também foi algemada.

A PM constatou ainda que Weslen estava alcoolizado. Ele foi autuado por embriaguez ao volante, direção perigosa e resistência à prisão. Já Juliana foi autuada por desobediência e resistência à prisão. Os dois foram encaminhados à Delegacia de Polícia, da Central de Flagrantes do Bairro Verdão.

Presa na Síria

Não é primeira vez que Juliana tem problemas com a polícia.

Há quase um ano, em 14 de novembro, ela foi presa pelo Governo Sírio por supostamente se envolver com um jovem do exército rebelde. O país está em guerra civil desde 2011 e mais de 470 mil pessoas já morreram na guerra.

Ela ficou presa por 21 dias e só foi liberada após negociações diplomáticas entre os governos brasileiro e sírio (reveja o caso).

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