DA REDAÇÃO
A maioria dos 41 envolvidos na fraude dos diplomas de medicina, descobertos pela Operação “Esculápio”, buscavam na Justiça o direito de ingressar no programa federal “Mais Médicos”. Os falsários pagavam cerca de R$ 20 mil pelo certificado de conclusão do curso e depois usavam universidades bolivianas para a validação do documento. Os policiais estão cumprindo os mandados de busca e apreensão Mato Grosso e outros 13 Estados.
Segundo o delegado Guilherme Torres, grande parte dos suspeitos cursaram no máximo dois anos do curso. Um deles, nem iniciou a faculdade. Em Mato Grosso, os policiais cumpriram dois mandados de prisão, um em Cuiabá e outro em Tangará da Serra (240 km da Capital).
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A fraude foi descoberta em agosto de 2012, após a identificação dos suspeitos no esquema. Com isso, eles passaram a ser monitorados. Conforme o delegado, as universidades não estão envolvidas na falsificação. Já que as investigações não identificou nenhum aluno na lista dos suspeitos. Os policiais ainda não conseguiram identificar o fraudador.
No início das investigações a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) suspeito das fraudes e informou as Universidades Bolivianas (Universidad Nacional Ecológica – UNE, Universidad Técnico Privada Cosmos – UNITEPEC e Universidad Mayor de San Si Simon – UMSS, que confirmaram que dentre os inscritos no programa de revalidação, 41 pessoas nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.
Ao analisar os documentos encaminhados pela UFMT, a Polícia Federal constatou que, dos 41 inscritos no programa de revalidação, 29 foram representados por cinco advogados ou despachantes, que teriam obrigado outras pessoas para realizar a inscrição dos supostos médicos.
Os acusados responderão pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica. (Com assessoria).