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Cuiabá, 01 de Setembro de 2024
01 de Setembro de 2024

22 de Julho de 2010, 23h:21 - A | A

VARIEDADES /

Técnicos apóiam subida de juros; empresáriado e sindicatos condenam

G1



Myriam Lund, economista da Fundação Getulio Vargas
“A decisão veio dentro da expectativa. Acho que o governo deu essa puxada no sentido mais conservador, para tentar garantir que a inflação está sob controle. Como a postura do governo é uma postura de segurança, melhor então essa subida. Porque se fosse mais, poderia gerar redução muito grande na atividade econômica”.

Caio Megale, economista da Maua Sekular Investimentos
"A decisão deixa transparecer que o BC mudou completamente sua visão do cenário atual da economia e sua perspectiva de inflação. Eu considero muito arriscado o Copom levar em conta poucos dados correntes da economia, como o PIB e índices de inflação mensais mais baixos, para dar uma virada na política monetária. Acredito que o otimismo com os últimos indicadores esta um pouco exagerado. Esta diretoria do BC parece ser bem menos avessa a risco do que as anteriores, vejo com esta decisão que eles estão fazendo mais uma aposta do que uma projeção consistente do que vai acontecer com a inflação de 2011. A sensação que fica com o comunicado de hoje é de que o ciclo de aumento dos juros pode ter acabado ou de que teremos no máximo mais uma alta de 0,25% na próxima reunião do Copom em setembro. Se os dados se reverterem la na frente, mostrando que a economia continua crescendo acima do que é sustentável, pressionando a inflação, os diretores do BC terão muito mais trabalho para corrigir os rumos."

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Otto Nogami, professor do Insper
"O esperado era que subiria 0,75. Essa subida de meio ponto percentual vem a confirmar a percepção que o próprio BC está tendo sobre o início da queda da inflação. O próprio BC está reconhecendo que pressão inflação está diminuindo. Essa é a função do BC. Ajustar à realidade, mesmo que seja pontual".

Fabio Kanczuk, professor da Faculdade de Economia da USP
“Eu achava que vinha em 0,75, e razão para isso é que acho que a pausa que houve na inflação e na atividade era uma pausa provisória. Ainda tem pressões inflacionárias, na minha cabeça ainda não era hora pra reduzir isso. Acho que deve gerar inflação, que vai subir e pegar o BC no contrapé. Pode ter que começar a elevar de novo o ritmo [de alta dos juros] depois de ter começado a baixar”.

Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical
"A decisão do Copom é nefasta para o setor produtivo brasileiro. Esta insensata medida irá aumentar a trava para a produção e a geração de empregos, prejudicando as estimativas de um PIB vigoroso este ano. As conservadoras decisões do Copom continuam sendo um forte obstáculo para o crescimento da economia. É realmente lamentável que as autoridades monetárias brasileiras tenham se transformado em meros aduladores dos especuladores, e suas decisões estão cada vez mais distante dos interesses maiores da sociedade e do Brasil".

Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ
“O Copom continua exagerando na dose de conservadorismo. Com a inflação sob controle, com deflação apurada por alguns indicadores, recuo nas vendas e desaceleração do emprego, o Comitê poderia acertar a dose e manter os juros básicos da economia”.

Antonio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomercio
“O momento pede uma parada técnica para que o BC análise melhor a situação a partir dos aumentos dos juros básicos nos meses anteriores e possa tomar a decisão mais acertada daqui para a frente.”

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT
"A central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores) lamenta que o Copom tenha perdido a oportunidade de tirar do Brasil o título de recordista mundial de juros altos. O aumento da taxa Selic já foi adotado em outros governos, trazendo como consequência a recessão da nossa economia".

João Guilherme Sabino Ometto, presidente em exercício da Fiesp
“Vamos seguir defendendo o setor produtivo brasileiro. O Brasil não pode continuar entre os campeões mundiais de maiores taxas de juros. Esse título é péssimo não somente para a nossa atividade econômica, mas para toda a população brasileira”.

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