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Cuiabá, 09 de Julho de 2025
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24 de Fevereiro de 2021, 08h:31 - A | A

VARIEDADES / CASO INÉDITO

Gêmeas são as primeiras do mundo a mudar de sexo

Quase 20 anos vivendo com o sexo biológico masculino, elas passaram pela cirurgia de redesignação sexual em hospital de Blumenau (SC)

ESTADO DE MINAS



As araxaenses Mayla Phoebe Rezende e Sofia Albuquerck Ferreira, de 19 anos, foram as primeiras gêmeas trans do mundo mudar de sexo, dizem médicos. No Hospital Santo Antônio, em Blumenau (SC), Mayla passou pela cirurgia de redesignação sexual no último dia 10 de fevereiro e Sofia passou pela operação no dia seguinte. 

Segundo informações da equipe médica do hospital catarinense, o procedimento com as duas jovens gêmeas trans femininas idênticas, que escolheram mudar o sexo biológico masculino, foi considerado inédito no mundo.  

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As irmãs já discutiam a transição do sexo masculino para o feminino desde antes da maioridade, sendo que elas começaram o tratamento hormonal com anticoncepcional por volta dos 15 anos.  

Pelas redes sociais, Mayla contou que ela e a irmã nasceram em Araxá, mas foram criadas em Tapira, pequena cidade ao lado. “Sou técnica em enfermagem e atualmente curso medicina em Buenos Aires, enquanto ela estuda engenharia civil. 

Sempre fizemos tudo juntas e realizamos recentemente o nosso grande sonho: fazer a cirurgia de redesignação sexual”, comemorou. 

Mayla disse ainda que ela e a irmã se sentem privilegiadas por esse marco e querem que isso chame atenção das pessoas para que a cirurgia se torne mais acessível no sistema público e na rede privada. 

“Desde pequenas, quando soubemos que se tratava de um órgão do sexo masculino, não queríamos tê-lo em nosso corpo. Quando eu o via, sentia que não era meu. Sofremos muito por causa da nossa escolha".

 "Mas me sinto realizada, liberta. Foi tudo com a permissão de Deus, desde os meus três anos de idade eu peço para Deus me transformar em uma menina e creio que ele nos abençoou até aqui”, acredita Mayla.

 Para realizarem a cirurgia, elas precisaram vender uma casa, que era fonte de renda para a família. “Meus pais sempre entenderam e nos apoiaram. Nós somos mulheres, mas nascemos no corpo errado. Agora estamos livres”, finalizou Mayla.

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