FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
O vereador Domingos Sávio (PSD), que não foi candidato à reeleição, minimizou a renovação de 52% que teve a Câmara Municipal no pleito de 2016 ao comparar a troca de parlamentares ocorrida na última eleição, no qual os então candidatos também pregavam por mudança e renovação. Para ele novos nomes não são sinônimo de novas práticas.“Na eleição passada houve uma renovação imensa na Câmara e ela não evoluiu. Pelo contrário, ela continua cheia de escândalos”, disse.
“Na eleição passada houve uma renovação imensa na Câmara e ela não evoluiu. Pelo contrário, ela continua cheia de escândalos”, disse.
De acordo com ele, os 13 novos detentores das cadeiras do parlamento, das atuais 25 vagas, poderão não atender às expectativas da população. “A renovação não quer dizer absolutamente nada. Na eleição da Mesa Diretora, eu votei na renovação e isso foi ruim. Eu votei, por exemplo, no João Emanuel como presidente do parlamento por pedidos da grande maioria do povo e olha onde ele está hoje”, destacou o vereador alegando que se a pessoa não tiver caráter a Casa de Leis continuará a ter escândalos.
“Não adianta ter uma gurizada nova na Câmara que não produz e com pensamento de político antigo”, frisou.
João Emanuel, que era presidente da Casa e teve seu mandato cassado por corrupção, está atualmente recolhido no Centro de Custódia de Cuiabá, após a deflagração da Operação Castelo de Areia. Ele é acusado de ser um dos líderes de um grupo que aplicava golpes milionários.
Sávio argumentou que somente poderá ver se houve renovação de práticas na Câmara ao longo do mandato, pois, segundo ele, não adianta ter na Casa de Leis pessoas ineficientes. “Não adianta ter uma gurizada nova na Câmara que não produz e com pensamento de político antigo”, frisou.
“Nós temos vereadores que já tiveram dois, três e quatro mandatos e nunca tiveram seus nomes envolvidos em escândalos, assim como tivemos casos de vereadores que não conseguiram completar o primeiro mandato, saindo na metade dele por conta, justamente, dos escândalos. Depende muito do caráter de cada um”, destacou.
Conforme Domingos Sávio, caberá ao povo fiscalizar as ações dos parlamentares no sentido de cobrá-los quanto à melhorias no município feitas por meio de bons projetos de lei. “O que irá mandar vai ser a fiscalização da população. Não é porque teve a renovação de nomes, que a Câmara vai melhorar. Precisa de fiscalização, porque olha os exemplos que tivemos nas últimas eleições”, completou.