KEKA WERNECK
RAFAEL DE SOUSA
Ao invés de responder aos questionamentos dos deputados membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Renúncia e Sonegação Fiscal, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que deixou a prisão nesta terça-feira (6), para depor ao grupo como testemunha, alegou que não responderia às perguntas para não prejudicar sua defesa no processo que é apontado como líder de um esquema de cobrança de propinas para conceder benefícios. Silval aproveitou o momento para discurssar sobre seus "mais de vinte anos de trajetória política em prol do desenviolvimento de Mato Grosso, como homem público que foi", nos cargos de prefeito de Matupá, deputado estadual, vice-governador e governador.
Silval aproveitou o momento para discurssar sobre seus "mais de vinte anos de trajetória política em prol do desenviolvimento de Mato Grosso, como homem público que foi"
O ex-governador, que está preso desde 17 de setembro, acusado das mesmas fraudes investigadas pela CPI, ainda aproveitou para elogiar a participação dos deputados estaduais em todos esses anos, diante dos diversos processos de crise enfrentados pelo Estado.
Silval foi convocado pela CPI na condição de testemunha, porém não poderia mentir em qualquer resposta, mas conforme declarou seu advogado de defesa Ulisses Rabaneda, poderia usar da prerrogativa de não responder aos questionamentos e foi isso que fez durante toda a audiência, que mais parecia uma palestra.
O ex-governador alegou que deu incentivos fiscais à empresas e indústrias mediante as dificuldades de Mato Grosso em deslanchar economicamente, já que o estado sofre com a falta de infraestrutura logística.
Porém antes de dizer que não responderia às perguntas dos deputados, Silval alegou que deu incentivos fiscais à empresas e indústrias mediante as dificuldades de Mato Grosso em deslanchar economicamente, já que o estado sofre com a falta de infraestrutura logística. “Um Estado com poder de competitividade enorme a não ser no enfrentamento muitas vezes da tão propalada guerra fiscal”, destacou. Argumentou também que enfrentou os impactos da crise internacional em 2011 e chegou a falar até mesmo sobre a globalização.
O presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), tentou interceptar o discurso do ex-governador, mas outro membro, o deputado Wilson Santos (PSDB), pediu que deixassem a fala dele em aberto.
O ex-governador seguiu reclamando das dificuldades em gerir um Estado. “Uma hora o agronegócio não vai bem. Uma hora é a globalização, outra hora é o câmbio, outra hora é a invasão de empresas de atacados dentro do nosso mercado. Uma hora você tem que proteger o mercado, outra hora você tem que fazer o que tem que ser feito, para manter o crescimento e a estabilidade econômica do Estado. Isso é o dia a dia de cada gestor”, detalhou.
Sobre as investigações da Delegacia Fazendária que culminaram com a prisão dele, na Operação Sodoma, se foram arbitrárias ou não, preferiu não se aprofundar nesse assunto para “não cometer injustiça com ninguém”.
Disse que tem respeito pelo parlamento e que voltaria à AL-MT, em outra data, para prestar esclarecimentos, mas somente depois que protocolar a defesa dele, no judiciário.
VEJA O DISCURSO
Luis 08/10/2015
Pessoal reparem na tensão no cara do Emanuel Pinheiro...Cada frase que o Silval diz, que não cita ele, respira aliviado....No início quando o Silval cumprimenta a todos e o cita por último ele olha rapidamente para alguém a direita e que estava em pé...reparem...Esses calhordas estão envolvidos até o pescoço...um trabalhando para livrar o rabo do outro....
Rita 06/10/2015
Cretino, sem vergonha... E ainda tem advogado falando em injustiça... Esses advogados de defesa deveriam fazer o papel deles, o papel de defender nos limites que a lei dá e não ficarem aí falando em inocência, enaltecendo um cretino desde que pensa que pode comprar todo mundo... Como se o Estado inteiro não soubesse o tipo de homem que esse Sr. é...
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