FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
Em declarações à imprensa, o senador Wellington Fagundes (PR) criticou o posicionamento do governador Pedro Taques (PSDB) em relação ao diálogo com a bancada mato-grossense no Congresso Nacional, e chegou a comparar a 'inflexibilidade' do tucano ao comportamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com os parlamementares da Câmara Federal e do Senado.
“No pluripartidarismo, como é no Brasil, você tem que buscar dialogar para ter apoio, pelo menos, da grande maioria. Afinal quem está na oposição pode contribuir, inclusive fazendo uma boa crítica”, destacou.
De acordo com o senador, a falta de diálogo por parte do tucano, acaba por provocar um distanciamento entre os parlamentares e o chefe do Executivo. “Ele [Taques] é muito distante. É muito difícil de lidar”, comentou Fagundes, que disse que até agora somente uma reunião foi feita entre o governador, todos os senadores e os deputados federais. “Eu acho que fica mais difícil quando se isolam partidos, dizendo que não vai dialogar com esse determinado partido por qualquer motivo. Nós vivemos um pluripartidarismo e todos os partidos têm seu ponto positivo e os negativos. Todos”, frisou o republicano.
"Eu não posso acreditar que quem tem a condição de ser prefeito tenha veto. Pois ele foi escolhido pelo povo. Quem está no governo não pode agir de forma sectária”, completou.
O republicano também comentou sobre a resistência do chefe do Executivo ao PMDB, que atualmente é representado na campanha à Prefeitura de Cuiabá, pelo candidato Emanuel Pinheiro.“Os partidos podem contribuir com o Estado, com a administração. Então quando você começa essa história de veto, do tipo de barrar algum partido o Estado passa a ter dificuldades”, comentou.
Fagundes disse que com a bancada na Câmara dos Deputados é a mesma situação. Voltando a comparar a situação do governador com a da ex-presidente, Wellington lembrou, que Dilma começou a se distanciar dos aliados e acabou ficando sem apoio necessário da base. “No pluripartidarismo, como é no Brasil, você tem que buscar dialogar para ter apoio, pelo menos, da grande maioria. Afinal quem está na oposição pode contribuir, inclusive fazendo uma boa crítica”, destacou.
Sobre a declaração do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, em dizer que somente o candidato à Prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), teria confiança do grupo para que o Estado continue realizando repasses financeiros na área da saúde, o senador desaprovou. “Quem pensa de forma exclusivista, sectária, tira a contribuição que pode vir para melhorar a sociedade. Eu não posso acreditar que quem tem a condição de ser prefeito tenha veto. Pois ele foi escolhido pelo povo. Quem está no governo não pode agir de forma sectária”, completou.