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Cuiabá, 14 de Setembro de 2025
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13 de Junho de 2016, 08h:00 - A | A

POLÍTICA / POLÊMICA NA ASSEMBLEIA

Prefeito 'briga' para anular redução do território de município

Prefeito de Santo Antônio do Leverger alega prejuízos econômicos, cultural e histórico com lei que determina a redivisão de municípios.

NOELMA OLIVEIRA
DA REDAÇÃO



Uma articulação interna na Assembleia Legislativa busca fazer mudanças na Lei 10.403/2016, sancionada tacitamente há uma semana pelo próprio Poder. A legislação reduz a extensão territorial de Santo Antônio do Leverger em 14,77% e amplia a área para outros seis municípios da Baixada Cuiabana.

Para minimizar os efeitos desta Lei, segundo o prefeito, está sendo estudada a possibilidade de os parlamentares apresentarem uma emenda. Além das perdas econômicas, o município perde referências histórica e cultural.

A sanção tácita ocorre quando - após a aprovação do projeto de Lei pelo Poder Legislativo – num prazo de 15 dias úteis não for feita manifestação expressa do Poder Executivo. Desta forma, o Legislativo poder fazer a promulgação da Lei.

A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) vê com preocupação a Lei, sobretudo, por se tratar de municípios antigos, como a região que compõe a Baixada Cuiabana.

O prefeito de Santo Antônio do Leverger, Valdir Castro (PSD), se reuniu na última sexta-feira (10) com os deputados Emanuel Pinheiro (PMDB) e Eduardo Botelho (PSB), na tentativa de encontrar alternativa para evitar os prejuízos para o município.

Para minimizar os efeitos desta Lei, segundo o prefeito, está sendo estudada a possibilidade de os parlamentares apresentarem uma emenda. Além das perdas econômicas, o município perde referências histórica e cultural.

As perdas econômicas para Santo Antônio, em termos econômicos, são proporcionais à redução da área. Já que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ICMS, entre outros, são levados em conta o tamanho do território e a população.

Para se ter noção dos prejuízos ambientais, a margem direita do Rio Cuiabá, hoje em Leverger, fica com o município de Nossa Senhora do Livramento. Também ampliaram a sua extensão, Cuiabá, Acorizal, Barão de Melgaço, Jangada e Várzea Grande.

Paralelamente, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Mato Grosso, será apesentada nos próximos dias.

Ele disse que ainda não ingressou com este recurso devido o impedimento legal em a Prefeitura ingressar com este tipo de ação, por isso, recorreu à Ordem. O prefeito vê interesses escusos nesta divisão, mas não citou nomes.

Para ele, qualquer definição sobre limites de municípios só pode ocorrer após a realização de plebiscito. O prefeito alega ainda que tal decisão só pode ser feita seis meses antes da eleição.

As perdas econômicas para Santo Antônio, em termos econômicos, são proporcionais à redução da área. Já que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ICMS, entre outros, são levados em conta o tamanho do território e a população.

Do patrimônio cultural, o prefeito diz que as ruínas de usinas como Itaici, Conceição e Maravilha, que foram as maiores produtoras de álcool e açúcar do Estado – até a década de 30 - não pertenceriam mais ao município.

Para o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), a matéria é flagrantemente inconstitucional. Conforme o parlamentar, ele fez o alerta sobre a afronta que representa a aprovação desta Lei.

“Nós vamos defender a integridade de Santo Antônio. A Lei também desrespeita a Constituição Federal e estadual e vamos entrar com uma ação”, prometeu o peemedebista.

Posição da AMM

O presidente da AMM, Neurilan Fraga (PSD), afirmou que acompanhou de longe as discussões sobre o projeto. “Vejo com muita preocupação porque tem toda uma história cultural. Há todo um histórico entre a sede dos municípios e as suas comunidades”, ponderou.

Na Assembleia Legislativa há uma comissão de Revisão Territorial, responsável por dar encaminhamentos aos estudos.  “Acredito que a Assembleia teve todo um cuidado de respeitar a antiguidade dos municípios da Baixada”, disse o prefeito.

Conforme Fraga, a AMM não participou do trabalho, apenas técnicos da Assembleia e da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan). “Em alguns momentos fomos convidados a participar apenas de audiência não permanentemente da comissão”, relata.

Ela conta que manifestou a sua preocupação com esta situação. A extensão de Leverger é de 12.261 quilômetros quadrados e 19.257 habitantes. 

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Carlos 13/06/2016

A pergunta que não quer calar: Onde estavam o prefeito Valdir Castro e os vereadores de Leverger durante o longo período de discussões, reuniões e audiências públicas que antecederam a redivisão dos municípios, que foi aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso?? Agora, depois de publicada, querem correr atrás com medo do prejuízo eleitoral em decorrência da omissão.

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Laercio Lima Cunha 13/06/2016

Deixando a polêmica da divisão territorial de lado, gostaria de externar ao Sr. Valdir Castro, mui digníssimo prefeito da querida Santo Antonio de Leverger, a vergonha que se encontra a via principal de acesso daquela maravilhosa cidade. É de doer o coração ver a atual situação daquela localidade, onde os turistas e principalmente os comerciantes da avenida principal estão sendo demasiadamente prejudicados. Fica a dica Sr. prefeito, lute pelos direitos de sua cidade, porém, em contrapartida cuide bem dela. A querida Santo Antonio de Leverger não merece estar na situação precária em que se encontra. Simplesmente lamentável.

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2 comentários