FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
Os analistas Vinícius de Carvalho e João Edisom avaliam que a definição do novo prefeito de Cuiabá seja de baixa legitimidade do vencendor. Para eles, o vencedor do segundo turno, neste domingo (30), será um prefeito com pouco apoio popular e baixa legitimidade. Os especialistas no assunto dizem que, além da pouca popularidade, ainda haverá um alto risco de judicialização do mandato, movimentado por quem sair derrotado na disputa pelo comando do Palácio Alencastro. “Isso é prejudicial par Cuiabá”, opinam ambos.
Vinicius de Carvalho, argumenta que Cuiabá corre o mesmo risco que ocorreu em Várzea Grande há alguns anos, quando na cidade anexa à capital chegou a ter três prefeitos em menos de 24 horas. “Essa está sendo uma campanha muito sangrenta”, disse.
“Todos os dias você abre os sites e vê sentença tal em favor de tal candidato. Pouco depois você abre e vê novamente a sentença tal desfazendo a sentença contrária ao candidato impetrada anteriormente. Recursos e outras peças judiciais são muito vistas. Quem perde com isso é Cuiabá”, opina Carvalho.
Segundo ele, a campanha de segundo turno em Cuiabá está “mais parecendo o Diário da Justiça”. “Todos os dias você abre os sites e vê sentença tal em favor de tal candidato. Pouco depois você abre e vê novamente a sentença tal desfazendo a sentença contrária ao candidato impetrada anteriormente. Recursos e outras peças judiciais são muito vistas. Quem perde com isso é Cuiabá”, disse.
“Existe um perigo real de isso contaminar o mandato. Tem perigo real sim”, disse Carvalho explicado que isso é temerário, pois acaba por atrasar o desenvolvimento da cidade. Além disso, o professor ainda alertou que nessa eleição foi possível mostrar que não temos nomes novos de políticos na esfera municipal.
“São candidatos de 16 anos atrás. Em 2000 disputaram, Wilson, Emanuel, Serys Slhessarenko (PRB) e Roberto França. Por pouco não são idênticos os nomes na disputa de 2016”, comentou.
Já o também professor e analista político João Edisom prevê que a votação em si deva ser tranquila, pois os
“Ele [eleitor] é muito acomodado. Ele tem a chance nas urnas de fazer Justiça nas urnas e não faz. Fica esperando o sistema judiciário fazer”.
costumes praticados em Cuiabá são de não levar questões polêmicas para as ruas, fato que não deve ocorrer, em sua opinião.
De acordo com ele, várias pessoas têm o conhecimento de denúncias, iguais às protagonizadas pelos candidatos à Prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) e Emanuel Pinheiro (PMDB), e nada fazem. Em sua opinião, essa é uma “arma” que o eleitor tem, mas que fica esperando que a Justiça tome alguma providência.
“Ele [eleitor] é muito acomodado. Ele tem a chance nas urnas de fazer Justiça nas urnas e não faz. Fica esperando o sistema judiciário fazer”, opinou.
Segundo Edisom, a disputa na capital pode ofertar várias opções para os eleitores que acabaram escolhendo por dois políticos “velhos”. “A eleição em Cuiabá teve todas as nuances possíveis. Desde o 1º turno os eleitores tiveram as opções de candidatos, como o novo, o não político, o politico velho sem nenhum processo, teve o ligado com a Justiça e teve os tradicionais. Diante de todas essas opções, os eleitores escolheram os políticos tradicionais”, comenta.
DISPUTA JUDICIAL
Nos últimos dias de campanha, a disputa na esfera do Judiciário entre os candidatos tem se intensificado em Cuiabá. Ambos os postulantes ao cargo de chefe do Executivo foram protagonistas de diversas denúncias envolvendo as mais variadas acusações. No último dia de campanha, por exemplo, denúncias graves foram feitas por ambos os concorrentes ao comando da capital sobre compra de votos. Se de um lado apareceu Emanuel ligando Wilson à compra de votos através de churrasco e cerveja, de outro pareceu Wilson dizendo que Emanuel é autor da compra de 50 mil votos e que deverá ser preso.
Chico 30/10/2016
Calma Adalberto, o segundo turno nem terminou ainda. E provas quem mostrou à imprensa ontem foi o WS. Em todo caso, o que a população quer mesmo é a apuração dos fatos e a devida punição, se for o caso, seja Emanuel ou Wilson.
nazarecmp 30/10/2016
Acho que os analistas devem ter a percepção também, que o Governador, vive com Judicialização, descredito, desrespeito. desordem. E a população estará do lado daquele que respeita o servidor e a população. No Estado o Governador, é o exemplo em judicialização, porque vive descumprindo ordens do MPE, e quer fazer a sua vontade. Portanto, acreditamos que Taques esta muito mais na Judicialização. E deus protegerá Emanuel, dos falsos políticos que se dizem honestos e que não confiam nele. Acontece que a população também não confia mais no grupo do Taques a muito tempo (SEDUC, SEJUD, SEGES), cheio de rolos e mistérios. Portanto analistas o Governo é descredito TOTAL e também não confiamos no grupo do Governador, que enrolou os servidores públicos.
Adalberto Ferreira 30/10/2016
O cenário eleitoral aponta que Emanuel Pinheiro vencerá com larga vantagem. Portanto, uma judicialização só ocorreria por interesse do Wilson Santos. Processar alguém é um direito de qualquer pessoa, porém provar as alegações é que são elas. Ademais, não existe nenhum fato que contra o Emanuel que tenha provas concreta, só especulações. Quanto ao Wilson Santos, foram levantadas provas robustas pela PF (filmagem de compra de votos), e com base nelas o Ministério Público Eleitoral entrou com processo pedindo sua cassação.
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