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Cuiabá, 14 de Setembro de 2025
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12 de Setembro de 2016, 17h:59 - A | A

POLÍTICA / ANÁLISE

Mauro daria 'tiro no pé' ao romper com Wilson, afirmam cientistas políticos

Para os analistas políticos João Edisom e Vinícius Carvalho, a ação do prefeito pode lhe trazer complicações futuras no cenário político de 2018.

FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO



Em avaliação sobre o veto público do prefeito Mauro Mendes (PSB) sobre a utilização de seu nome pelo candidato tucano à Prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), analistas políticos preveem, que a ação possa causar uma verdadeira reviravolta negativa no cenário da disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Para o professor de ciências políticas, João Edisom e o analista Vinícius de Carvalho, essa ação acaba atingindo tanto Wilson quanto o próprio Mendes, e ainda "respinga" sobre o também candidato Emanuel Pinheiro (PMDB).

"O Mauro perde muito com isso, ou seja, ele praticamente sepulta prematuramente a carreira política porque ele perde o grupo ao fazer isso. Quer dizer perdeu o grupo político e a confiabilidade”, avalia João Edisom.

Segundo analistas, o posicionamento de Mauro afeta também o relacionamento dele com seu grupo político.

João Edisom avaliou que o posicionamento de Mauro pode “enterrar” sua carreira na política com o grupo ao qual está inserido.

“É uma situação que é ruim para os dois. O Mauro perde muito com isso, ou seja, ele praticamente sepulta prematuramente a carreira política porque ele perde o grupo ao fazer isso. Quer dizer perdeu o grupo político e a confiabilidade”, disse.  

"Se ele colocasse o nome de Wilson como sendo a pessoa que fosse dar sequência ao projeto dele a campanha teria outro rumo”, disse.

Para ele deixar que um membro da família seja o motivo principal de uma rusga com todos os integrantes do grupo pode acabar sendo um "tiro no pé", caso Mauro tenha pretensões em 2018.

“A medida em que a posição de um membro familiar é superior à sua decisão é extremamente complicada, porque uma coisa é ele não se candidatar e outra coisa totalmente diferente é mudar de lado, fazendo ele romper ou trair o grupo”, acrescentou.

Edisom ainda diz que com o veto, os rumos da campanha deverão ser alterados mesmo o próprio PSB tendo afirmado que seu apoio ao grupo de Wilson está mantido. Mesmo assim, segundo o analista, o tucano ainda perderia votos em Cuiabá. “Mauro tem hoje sua administração aprovada pela maioria dos cuiabanos e isso cria um peso significativo nessas eleições, pois se ele colocasse o nome de Wilson como sendo a pessoa que fosse dar sequência ao projeto dele a campanha teria outro rumo”, disse.

"O pessoal adquiriu uma antipatia dela por suas interferências no cenário. Se ela apoiar Emanuel, vai acabar arrastando isso para ele”, argumentou com relaçãoà primeira-dama.

De acordo com o professor, o fato da primeira-dama Virgínia Mendes ter rusgas com Wilson e agora com os boatos de que ela irir aderir à campanha de Emanuel também pode fazer com que o peemedebista perca votos. Segundo ele, a população criou uma “certa raiva” das constantes interferências dela no cenário político do marido.

“A versão que os cuiabanos conhecem de ele [Mauro] não se candidatar é de que a esposa não deixou. Isso fez com que os próprios partidários e o pessoal que ia votar nele criassem uma raiva dela e esse posicionamento termina piorando a situação. É o tipo perde-perde para todos. O pessoal adquiriu uma antipatia dela por suas interferências no cenário. Se ela apoiar Emanuel, vai acabar arrastando isso para ele”.

Já o analista Vinícius de Carvalho compartilha praticamente do mesmo pensamento de Edisom, mas discorda que o cenário possa ficar ruim para o socialista. De acordo com ele, o grupo no qual Mendes está não terá força para vetá-lo em 2018, caso surja uma pretensão a um cargo eletivo. “Até porque o nome do PSB em aprovação é o do Mauro e ele não tem desgaste”, disse.

Segundo ele, com o relacionamento próximo com Emanuel e ao mesmo tempo seu partido tendo um relacionamento com o Wilson fará com que Mauro não “solte nenhuma das duas pontas”, ainda que indiretamente. Para ele, desta forma o prefeito ganha fôlego frente ao cenário político municipal, ou seja, não será “a peça principal, ou fundamental dessa campanha”. 

Comente esta notícia

Einsten ignóbil 12/09/2016

POrque tiro no pé? Por isso essa política é um lixo, política de conveniência, ele não é obrigado a apoiar o mentirinha, tiro no pé seria apoiar alguém que sempre foi seu adversário e sempre o insultou, sempre foi um crítico ferrenho do seu governo, e agora só porque os partidos coligaram ele é obrigado a apoiar o wm? fala sério... isso é tiro no pé

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Eduardo Mendes 12/09/2016

Ele perdeu sendo prefeito. A empresa dele não pôde celebrar licitação e até enfrenta uma recuperação... Comprovadamente, no caso dele, melhor ser empresário que politiqueiro.

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2 comentários