PAULO COELHO
Da Reportagem
O empresário Ivomar Alves Freitas, preso em maio pela Delegacia de Proteção aos Direitos da Criança (Dedica), acusado da prática de estupro e exploração sexual de 10 crianças com idade entre 12 e 14 anos. Ele é dono da Ypê Serviços Terceirizados e tem um contrato firmado com a Assembleia Legislativa. A Ypê é responsável pelos trabalhos de limpeza. O contrato é emergencial, tem duração máxima de três meses.
O presidente da Assembleia Legislativa, Guiherme Maluf (PSDB), alegou, na manhã desta terça-feira (17), que ao final desse contrato será realizada a licitação dos serviços de limpeza que, até fevereiro passado, eram prestados pela empresa Tocantins.
Questionado sobre a situação de Ivomar, Maluf foi sucinto:
“Nós jamais poderíamos imaginar que, entre os diretores da Ypê, haveria pedófilos. Mas o contrato foi firmado com a pessoa jurídica e não com a física”, disse, acrescentando que a Assembleia
“Nós jamais poderíamos imaginar que, entre os diretores da Ypê, haveria pedófilos. Mas o contrato foi firmado com a pessoa jurídica e não com a física
condena a pedofilia e que neste ano fará uma discussão em torno dos direitos da criança e do adolescente.
FICHA SUJA
O parlamentar já havia se manifestado, há quatro anos, contra a contratação de pessoas fichas-sujas para o primeiro escalão do governo. Tanto que o tucano teve uma lei de sua autoria, datada de 2011 (nº 9.644) com texto exatamente nesse sentido. Porém, nem no âmbito do Estado, nem no legislativo há impedimento legal para que se contrate empresas ou serviços que tenham qualquer ligação com crimes, mesmo que não tenham sido julgados e mesmo que trate de uma situação muito delicada e de forte apelo popular, como o envolvimento do dono em estupro e exploração sexual de crianças.
O Caso
Ivomar Alves Freitas foi preso no dia 14 de maio passado por, segundo a Polícia, estuprar e explorar sexualmente 12 crianças, mas já está solto, após o Tribunal de Justiça (TJ-MT) ter acatado seu pedido de Habeas Corpus, na semana passada.
De acordo com as investigações da Delegacia dos Direitos do Adolescente e da Criança (Deddica), o empresário responde por crimes praticados entre os anos de 2012 e 2013. No ano 2011, ele também foi investigado em outro inquérito pelos mesmos crimes.
As vítimas com idades entre 11 a 14 anos eram cooptadas por outra menor de 14, vítima do acusado, para conseguir meninas virgens para manter relação sexual com o empresário. As meninas eram levadas para um motel, na saída para a cidade de Chapada dos Guimarães, onde recebiam presentes e dinheiro, geralmente de R$ 100 a R$ 400, 00, de acordo com o tipo da relação.
Sergio Basto 17/06/2015
a empresa e seria, emprega varios funcionários...
João Batista 17/06/2015
O importante é que a limpeza da assembleia melhorou muito ao entrar essa empresa!
Lucas 16/06/2015
O que que a Assembleia tem a ver com isso??? quando nao tem assunto é só por a ALMT no meio... fala sério!
3 comentários