FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
O advogado José Antônio Rosa, que representou a banca jurídica da campanha de Wilson Santos (PSDB), derrotado na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, afirmou que o tucano vai “cuidar de perto” do processo que envolve o prefeito eleito Emanuel Pinheiro (PMDB) em um suposto esquema de incentivos fiscais irregulares à empresa Caramuru alimentos, em troca de propina feita a empresas ligadas a familiares do peemedebista, que teriam emido notas fiscais de serviços não prestados para justificar o recebimento de cerca de R$ 4 milhões.
Conforme o advogado, salvo se Wilson determinar uma ação contrária, ele e sua equipe irão buscar de forma contínua a movimentação das investigações da Delegacia Fazendária (Defaz) e no Ministério Público Estadual (MPE) sobre o caso Caramuru.
Conforme o advogado, salvo se Wilson determinar uma ação contrária, ele e sua equipe irão buscar de forma contínua a movimentação das investigações da Delegacia Fazendária (Defaz) e no Ministério Público Estadual (MPE) sobre o caso Caramuru.
Na última semana, Wilson encaminhou uma série de documentos que indicariam que o prefeito eleito, Emanuel Pinheiro, teria envolvimento direto no favorecimento irregular, inclusive 'acobertando' a situação como membro da CPI de Renúncia e Sonegação Fiscal que 'explodiu' o esquema de corrupção que ocorria na gestão do ex-govermador Silval Barbosa (PMDB), preso desde então, pela Operação SOdoma em setembro de 2015.
De acordo com Wilson, a Caramuru Alimentos S.A. pagou a quantia para familiares do peemedebista para que a empresa fosse enquadrada no sistema de incentivos fiscais de Mato Grosso, com indicação de Pinheiro.
O tucano alega que Pinheiro tinha “facilidade para indicar” quem receberia o beneficio fiscal, pois o secretário de Estado responsável pela inclusão de empresas no sistema (Alan Zanata) ocupava o cargo por indicação do próprio Emanuel. A pasta responsável pelo assunto era a extinta Secretária de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).
A Caramuru, segundo Wilson, teria deixado de recolher R$ 50 milhões para os cofres públicos desde que foi enquadrada no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
O deputado deve voltar para sua atuação parlamentar na Casa de Leis assim que encerrados seus 121 dias de licença que tirou para se dedicar à campanha na capital. O prazo da licença de Wilson se encerra dia 31 de dezembro, mas se ele achar necessário, pode retornar a qualquer momento.