VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um recurso e manteve a prisão do mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues, acusado de instalar uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022, em protesto contra o resultado da eleição que elegeu Lula da Silva (PT) como presidente.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que denunciou o acusado, no último dia 18 de junho, pela prática dos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.
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No recurso apresentado, a defesa de Alan Diego pediu a concessão da liberdade provisória com a aplicação de medidas cautelares, mas o ministro entendeu que há requisitos necessários e suficientes para a manutenção da prisão dele.
“Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e, com base nos arts. 312 e 316, ambos do CPP, mantenho a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues”, escreveu Alexandre de Moraes em decisão publicada nessa segunda-feira (07).
Alan já havia sido denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) pelo crime de expor a perigo mediante explosão ou incêndio e chegou a ser condenado a cinco anos de prisão. Ele cumpria a pena em regime aberto.
Ao final das investigações, o MPDFT enviou o relatório do caso à Procuradoria-Geral da República, que ofereceu a nova denúncia, resultando na prisão do acusado. Alan voltou a ser preso no último dia 27 de junho, em Comodoro (640 km de Cuiabá).
De acordo com as investigações, no dia 24 de dezembro de 2024, Alan, ao ser conduzido em um carro no banco do carona, colocou a bomba no eixo esquerdo de um caminhão-tanque, estacionado nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.
Na sequência, o acusado fez duas ligações por um orelhão, o que, segundo Alexandre de Moraes, revela evidente risco à ordem pública caso esteja em liberdade.
Além de Alan, as investigações identificaram a participação de Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Souza nos crimes.
Na mesma decisão que manteve a prisão do acusado, Alexandre de Moraes determinou o envio de um ofício à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária de Mato Grosso para verificar se há a possibilidade da permanência de Alan na Cadeira Pública de Comodoro ou se ele terá que ser transferido.
Wilma Comim 08/07/2025
Corretíssimo. Tem que pagar caro pela tentativa de um ato com consequências inimagináveis.
1 comentários