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Cuiabá, 14 de Setembro de 2024
14 de Setembro de 2024

10 de Junho de 2012, 10h:24 - A | A

POLÍCIA / CASO MAIANA

Rogério diz que se acostumou com a cadeia

Em novo depoimento, Rogério se recusou a falar sobre motivação e o envolvimento da mulher Calisângela; ele sugere que os demais presos se acostumem com o local

MAYARA MICHELS



O empresário Rogério Amorim (34), que continua preso na Penitenciária Central do Estado, acusado de ser o mentor da morte da adolescente Maiana Vilela Mariano, de 16 anos, disse a delegada Anaíde Barros, que investiga o crime, que já se acostumou com a cadeia. “Os piores dias já se passaram, já me acostumei na cadeia. Perguntado sobre a esposa e os dois executores ele disse que os três também já devem ter se acostumado com a prisão”, disse Rogério em um novo depoimento nesta semana.


Para a polícia, não há dúvidas que Rogério seja o mentor do homicídio e da ocultação do cadáver. Mas a delegada marcou um novo depoimento com o principal suspeito com o intuito de descobrir a motivação do crime e o envolvimento da esposa Calisângela, no crime. Porém Rogério insistiu em ficar calado.


O que se sabe até o momento é que a esposa, que também está presa, sabia do crime. Ela foi presa porque em uma discussão com o marido pelo telefone mencionou que não tinha medo de morrer, e que caso Rogério a matasse também, que fizesse com suas próprias mãos. “Para a polícia, Calisângela sabia do crime. Porém ainda há dúvidas sobre a participação dela no homicídio”, disse a delegada.


Como Rogério se recusa a falar, a polícia suspeita que a motivação da morte da adolescente, envolve um apartamento comprado por Rogério. “A família de Maiana disse que Rogério prometeu o apartamento a ela, que iriam casar e ter filhos. Além disso, os assassinos disseram que Maiana estava cobrando o apartamento de Rogério. Já a esposa do empresário, contou em depoimento que o apartamento seria dela e que foi ela quem escolheu. E que as chaves do apartamento foram entregues pela construtora na semana em que Maiana desapareceu”, contou a delegada.


Em entrevista à imprensa, Rogério alegou inocência e disse que amava a Maiana. “Eu amava ela e também quero saber quem mandou matar, porque os executores já estão presos. Vou provar a minha inocência. Eu só queria o bem dela, dava de tudo para ela, pode perguntar para a família dela”, disse Rogério após sair do interrogatório.


O CASO


Maiana desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, depois descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Desde seu sumiço a Polícia Civil ouviu dezenas de pessoas que tiveram contato com a jovem, analisou imagens de circuitos de segurança, pediu quebra de sigilo telefônico e por último monitorava os suspeitos de terem assassinado a garota.


Durante todo o dia de sexta-feira (25-05), a Polícia Civil cumpriu oito mandados de prisão temporária, prendendo todos os envolvidos no crime, inclusive o mandante e os executores. Com as investigações, a polícia descobriu que o namorado da menina além de mandar matar, foi quem planejou a cilada para a adolescente ir até o local onde seria executada.


Rogério pediu para Maiana descontar um cheque de R$ 500 no banco e levar R$ 400 a um caseiro dele, osR$ 100 seria para ela comprar uma sandália. No local, os assassinos a esperavam. Segundo o assassino Paulo, Maiana entregou o dinheiro para ele e, depois de virar as costas ele a segurou e, com um pedaço de pano sufocou a adolescente, que acabou morrendo por asfixia.


O corpo foi levado até o empresário para ele ter certeza da morte. Depois, enterrado a 15 km da Ponte de Ferro do Coxipó do Ouro. O empresário teria pago R$ 5 mil pela execução da menina.

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