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Cuiabá, 21 de Agosto de 2025
21 de Agosto de 2025

21 de Agosto de 2025, 17h:56 - A | A

POLÍCIA / VENDA DE SENTENÇAS

PF indicia lobista por pagar R$ 6 milhões em propina a juiz de Mato Grosso

Andreson de Oliveira Gonçalves, também suspeito de corrupção no STJ, foi acusado de corromper magistrado Ivan Lúcio Amarante.

Aguirre Talento
ESTADÃO



A Polícia Federal indiciou o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa por pagamentos de propinas no valor total de R$ 6 milhões ao juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, em Mato Grosso. Trata-se de mais uma conclusão produzida na Operação Sisamnes, que investiga um esquema de corrupção em várias instâncias do Judiciário.

De acordo com a investigação, as propinas foram pagas por transferências bancárias de uma empresa de Andreson, a Florais Transportes, à atual esposa e à ex-esposa do juiz.

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Em troca, o juiz teria dado decisões favoráveis em processos de interesse do grupo de Andreson e do advogado Roberto Zampieri, assassinado no final de 2023 em Cuiabá. O magistrado foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele atualmente está afastado do cargo por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Procurada, a defesa de Andreson não quis se manifestar. A defesa do juiz Ivan Amarante afirmou que “está trabalhando para provar a inocência do seu cliente”. “Causa estranheza à defesa do juiz de direito Ivan Lúcio Amarante a divulgação de informações na imprensa de processo e inquérito que tramitam sob sigilo. A defesa adotará as medidas judiciais cabíveis para a proteção e resguardo dos direitos e prerrogativas de seu cliente e se manifestará apenas nos autos do processo”, afirmou o advogado Alexandre Pontieri. Em defesa apresentada anteriormente ao Conselho Nacional de Justiça, o juiz negou irregularidades e disse que proferiu decisões contrárias ao interesse do grupo de Andreson.

O lobista também já foi acusado de pagar propina a dois desembargadores de Mato Grosso, em outro relatório concluído pela PF, e é investigado por suspeita de corromper assessores do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele ficou preso de novembro do ano passado a julho deste ano, mas foi solto por causa de uma piora em seu estado de saúde. Leia mais em Estadão.

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