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Cuiabá, 03 de Maio de 2024
03 de Maio de 2024

19 de Abril de 2024, 19h:38 - A | A

POLÍCIA / ASSASSINO DE MOTORISTAS

Perícia descarta lesão recente em criminoso que denunciou ter apanhado na hora da prisão

O bandido alegou que, durante a audiência de custódia, teria levado uns tapas de um dos policiais que efetuaram a prisão.

EDUARDA FERNANDES
DAFFINY DELGADO



Nenhum vestígio de lesão corporal. Esse foi o resultado do exame de corpo de delito feito no criminoso Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, que confessou ser um dos assassinos dos três motoristas de aplicativo em Várzea Grande. O bandido alegou que, durante a audiência de custódia, teria levado uns tapas de um dos policiais que efetuaram a prisão. Essa narrativa foi desmentida pelo laudo do exame, concluído nesta sexta-feira (19).

“Diante dos achados do exame, concluem os peritos que não restam vestígios de lesão corporal de que tenha sido vítima em data recente a pessoa que se apresentou com o nome de LUCAS FERREIRA DA SILVA”, afirmam os peritos.

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A versão do bandido havia sido rechaçada pelo delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior, que apontou uma tentativa do criminoso em tirar o foco dos crimes que cometeu.

Leia mais - Delegado nega agressão a preso por assassinar motoristas de aplicativo: “Ninguém fez nada contra eles”

“Na audiência de custódia, muitas vezes a pessoa, com receio das consequências do que praticou, joga ao vento isso aí para ver se cola. Não vai colar porque ninguém fez nada contra eles”, assegurou o delegado em coletiva de imprensa na tarde desta sexta.

“Ao exame da superfície corporal, não lograram os peritos surpreender vestígios de lesão corporal associável ao fato historiado. Apresenta escoriação na face superior do deltoide direito com crostas ressequidas se desprendendo da lesão. Presença de cicatriz abdominal antiga (sequela de perfuração por arma branca)”, diz trecho do laudo ao apontar somente lesões antigas no meliante.

“Exame negativo para vestígios de lesão corporal atual. As lesões apresentadas são de aspecto antigo, anterior aos fatos da detenção”, acrescenta.

MP pede investigação

Diante da acusação feita por Lucas, o Ministério Público pediu que seja aberta uma investigação pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar eventuais irregularidades no momento da prisão.

O delegado, contudo, ressaltou que ninguém foi agredido. “Ninguém encostou a mão neles todos nós somos profissionais e além de saber que isso aí não seria certo, todos nós teríamos receio de colocar qualquer mácula em uma prisão tão importante. Então, de modo algum isso aí prospera”, finalizou.

Assassinatos de motoristas

Lucas, juntos de dois menores de 15 e 17 anos, confessaram ser os assassinos de Márcio Rogério Carneiro, Elizeu Rosa Coelho e Nilson Nogueira, atraindo-os para falsas corridas em aplicativos de mobilidade.

O trio foi detido na madrugada da última segunda, em Várzea Grande, e confessou ter roubado e matados três motoristas na última semana.

Eles contaram que o plano inicial era somente roubar as vítimas e depois deixá-las na mata, porém, ao notarem o desespero dos motoristas implorando pela vida, eles sentiram a vontade de executar os homens.

O maior ainda chegou a dizer que caso não fossem presos, eles iriam continuar matando.

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