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Cuiabá, 15 de Outubro de 2025
15 de Outubro de 2025

15 de Outubro de 2025, 18h:40 - A | A

POLÍCIA / FEMINICÍDIO EM MT

Mulher morta a facadas em Nova Lacerda denunciou ex 12 dias antes

Com medo, a vítima chamou a polícia, mas não solicitou medida protetiva

GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT



Cerca de 12 dias antes de ser assassinada, Gabriella da Fonseca Moura, de 36 anos, denunciou o ex-marido Rafael Rodrigues, 32, por ameaça, após mandá-lo sair de casa. A informação foi confirmada à reportagem pelo delegado Mateus Reiners, responsável pela investigação do caso. Gabriella foi morta com golpes de faca na noite de terça-feira (14), dentro da própria residência, em Nova Lacerda (a 542 km de Cuiabá).

Conforme apuração da polícia, no dia 3 de outubro, Gabriella acionou a Polícia Militar após uma discussão com Rafael. Na ocasião, ela contou que havia pedido para ele deixar o imóvel e que voltasse em outro momento para buscar os pertences. O homem, no entanto, se exaltou, pegou uma faca e ameaçou cortar o colchão e colocar fogo na casa.

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Com medo, a vítima chamou a polícia, mas não solicitou medida protetiva. Segundo o delegado, havia relatos anteriores de brigas entre o casal, embora sem registro de medidas judiciais de afastamento.

A filha de Gabriella relatou que a mãe vinha sendo constantemente ameaçada por Rafael. Na noite do crime, o homem foi até a casa armado com uma faca e uma corda, que, segundo as investigações, pretendia usar para amarrar os filhos da vítima.

Durante a invasão, Rafael golpeou Gabriella ao menos duas vezes. Os filhos da mulher reagiram e entraram em luta corporal com o agressor, que acabou também ferido. Após o ataque, o suspeito fugiu do local, mas foi encontrado pouco depois pedindo ajuda em uma casa próxima.

Ele foi socorrido e levado para um hospital em Pontes e Lacerda, onde segue internado sob custódia da polícia.

Equipes da Polícia Civil e do Pronto-Atendimento de Nova Lacerda estiveram no local e constataram a morte de Gabriella, que apresentava vários ferimentos provocados por faca. Testemunhas disseram ter ouvido uma discussão seguida de gritos antes de o suspeito deixar o local ensanguentado.

A Polícia Civil investiga o crime como feminicídio, e o delegado Mateus Reiners destacou que o histórico de ameaças será fundamental para a conclusão do inquérito.

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