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Cuiabá, 12 de Julho de 2025
12 de Julho de 2025

10 de Julho de 2025, 09h:45 - A | A

POLÍCIA / PASSOU POR CIMA 7 VEZES

Motorista é condenado a 12 anos de prisão por tentar matar flanelinha atropelado em Cuiabá

Adir Antônio Warginhak passou com o carro por diversas vezes em cima de Ronaldo Rodrigues de Lemos que sofreu graves ferimentos.

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



Adir Antônio Warginhak, de 47 anos de idade, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 12 anos de prisão por tentar assassinar o flanelinha Ronaldo Rodrigues de Lemos, em outubro de 2023, em Cuiabá. A sessão de julgamento ocorreu na última segunda-feira (07) e foi presidida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.

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De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a tentativa de homicídio aconteceu no dia 7 de outubro de 2023, por volta das 5 horas, em frente a um estabelecimento que fica localizado na rua Presidente Castelo Branco, no bairro Popular.

Adir agrediu Ronaldo e o atropelou diversas vezes com um carro, porque achou que a vítima teria furtado o celular dele. Mesmo constatando que o aparelho não tinha sido furtado e que estava dentro do próprio carro, Adir perseguiu o flanelinha e arremessou o veículo sobre ele por sete vezes.

Em um dos atropelamentos, Adir chegou a deixar o veículo parado em cima do flanelinha durante mais de um minuto.

A ação foi registrada por câmeras de segurança.

Narra o MP na denúncia que o agressor só parou os atropelamentos pois acreditou que a vítima já estava morta.

Em seguida, Adir foi socorrido por populares e levado a uma unidade de saúde, onde recebeu tratamento médico. Ele sofreu fraturas nas costelas, na clavícula, no tornozelo, na face, bem como trauma cranioencefálico com hematoma subdural e fratura da cartilagem tireoide.

O flanelinha perdeu a consciência por mais de trinta dias, necessitou de uma série de tratamentos e ainda enfrenta dificuldades de retornar ao trabalho.

Atualmente, recebe auxílio do INSS, pois segue incapacitado de trabalhar.

No dia 6 de novembro do mesmo ano, Adir foi preso preventivamente. Já no dia 27 de fevereiro de 2024, foi colocado em liberdade e submetido a medidas cautelares, como monitoramento por tornozeleira eletrônica por três meses.

Em decorrência do crime, Adir foi submetido a julgamento pelo júri popular por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

No julgamento, o conselho de sentença reconheceu a materialidade do crime, a autoria atribuída a Adir e que o homicídio só não foi consumado por circunstâncias alheias à vontade do flanelinha. 

Além disso, os jurados não reconheceram que o acusado agiu sob domínio de violenta emoção, mas sim reconheceram que ele cometeu o crime por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recursos que dificultou a defesa da vítima.

Por fim, decidiram por não absolver Adir.  

Na dosimetria da pena, a juíza Mônica Catarina Perri destacou o grau de reprovação da conduta do acusado.

O grau de violência empregada na prática delitiva, a ausência de qualquer hesitação ou arrependimento imediato e a clara vontade de eliminar a vida da vítima são elementos que excedem em muito o dolo comum do tipo penal, justificando a exasperação da pena-base neste vetor”, escreveu.

A magistrada destacou ainda as consequências do crime, que afetaram não apenas a vítima, mas a mãe dele, que havia perdido o filho mais novo pouco antes das agressões sofridas por Ronaldo.

Portanto, fica claro que o crime não gerou apenas risco de morte, mas também aniquilou a saúde, a dignidade e a autonomia da vítima, produzindo um legado de sofrimento para a rede familiar”, ressaltou.

Ainda na dosimetria, a juíza entendeu que a pena de Adir Antônio deveria ser de 20 anos de prisão, mas considerando atenuantes, a pena foi redimensionada para 12 anos.

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Paulo Sa 10/07/2025

Pelo descrito tinha de passar por avaliação psicológica, não é normal uma pessoa agir com absurda e extremada violência!

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1 comentários