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Cuiabá, 02 de Julho de 2025
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11 de Setembro de 2011, 12h:09 - A | A

POLÍCIA /

Maranello: policiais são expulsos da PC por ligação com traficantes



DIÁRIO DE CUIABÁ    11h00

O Conselho Superior de Polícia determinou a exoneração dos três policiais civis envolvidos na Operação Maranello, desencadeada em junho de 2009. Trata-se dos policiais Wagner Rodrigo do Amorim, sentenciado a 25 anos de prisão, e Adauto Ramalho da Silva, condenado a 11 anos, e Neuri Alves, que aguarda julgamento. A decisão ocorreu após a conclusão dos trabalhos administrativos feitos pela Corregedoria Geral da Polícia Civil.

Conforme decisão, diante das provas obtidas e usadas no processo administrativo, havia indícios da participação deles na organização criminosa. O quarto policial envolvido, Jocenil Paulo de França, foi absolvido pela decisão da Corregedoria, mas havia sido exonerado um ano depois, pois estava em estágio probatório. Com a absolvição, ele pode poderá entrar com apelação para retornar ao cargo.

Os policiais condenados estão cumprindo pela no Cadeião de Santo Antônio de Leverger, onde funciona um presídio para policiais e ex-policiais, tanto civis como militares.

As investigações da Operação Maranello iniciaram em junho de 2009, quando a Gerência de Investigação Policial (Gip) da Polícia Civil chegou ao carregamento de 383 quilos de cocaína escondidos na fazenda Sete Irmãos, em Barão de Melgaço.

Como se tratava de tráfico internacional de drogas, as investigações foram transferidas para a Polícia Federal, que indiciou mais pessoas, incluindo empresários cuiabanos acusados de lavagem de dinheiro, e que tiveram carros importados, como a Ferrari F430, o Corvette C6, o BMW X4 e Porsche, apreendidos. Os veículos foram devolvidos e os empresários respondem em liberdade.

O advogado Edézio Ribeiro Neto, o "Binho", apontado pela Polícia Federal como chefe do esquema, conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação de sua prisão preventiva. Ele aguarda o julgamento em liberdade.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os policiais eram considerados o "braço armado" do esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico internacional de drogas.

Conforme a própria Polícia Civil, eles eram responsáveis tanto pela guarda da droga, feita nas fazendas Sete irmãos e Baía dos Pássaros, na cidade de Barão de Melgaço, quanto pela distribuição, que tinha como destino final os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Belo Horizonte, além da cidade de Teixeira, no interior da Bahia.

Com o desmembramento do caso em vários processos, a Justiça Federal ainda não julgou todos os denunciados, uma vez que a prioridade é para os réus presos. O julgamento daqueles que aguardam em liberdade deverá ocorrer nos próximos meses.

 

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