DA REDAÇÃO
As investigações da “Operação Castelo de Areia” apontam que o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima contava com apoio do irmão, Lázaro Moreira Lima, e do pai, o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes, nos golpes aplicados aos clientes do Grupo Soy. Os familiares do ex-vereador foram indiciados pelos crimes e agora passarão a responder criminalmente.
O relatório final das investigações aponta que Irênio e Lázaro tinham participação na montagem do esquema e também na divisão dos “lucros”. Eles foram beneficiados com recursos das vítimas do golpe.
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João Emanuel, que cumpre prisão domiciliar, é apontado como líder de um grupo que aplicava golpes em pessoas interessadas em contrair empréstimos a juros considerados abaixo do mercado. Eles utilizavam o Grupo Soy, que teria sido criado para atrair clientes para as fraudes.
Em apenas um dos casos, o golpe estaria estimado em R$ 50 milhões.
Para concretizar o esquema, o grupo exigiam um “caução” dos clientes. Em apenas um dos casos, o golpe estaria estimado em R$ 50 milhões.
A participação do pai e irmão dele foi citada em depoimentos e por meio de documentos apreendidos na operação. As investigações apontam que o ex-vereador tinha 10% das cotas da empresa; o pai e o irmão, 5% cada.
Documentos apontam que João Emanuel se apresentava como presidente do Grupo Soy; Lázaro, como diretor jurídico e Irênio, como diretor operacional e conselheiro. Lázaro já tinha seu envolvimento investigado desde o início, pois teve um mandado de condução coercitiva expedido no dia da operação.
Já Irênio surgiu depois, mas teve o envolvimento confirmado pelos policiais. A Polícia cita o envolvimento da família Moreira Lima como fundamental para se concretizar as fraudes e apontou pai e filhos como beneficiários do esquema.
"O grupo agia da forma que assim que recebiam os adiantamentos pedidos das vítimas, essa quantia era imediatamente repassada às contas bancárias do grupo e, em seguida, era rapidamente dividida entre João Emanuel, Lázaro, Irênio e os demais envolvidos no esquema".
GCCO X GAECO
Nesta terça-feira, o ex-vereador João Emanuel foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer exames sobre seu real estado
"O grupo agia da forma que assim que recebiam os adiantamentos pedidos das vítimas, essa quantia era imediatamente dividida entre João Emanuel, Lázaro, Irênio e os demais envolvidos no esquema".
de saúde. A condução foi deferida à Justiça a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), que pediu a prisão do ex-vereador em quatro processos.
A situação gerou desconforto junto ao GCCO. O órgão da Polícia Civil tem apurado a suspeita de falsificação do atestado médico apresentado por João Emanuel ao Tribunal de Justiça. O documento foi importante para que o desembargador Pedro Sakamoto decretasse a prisão domiciliar dele.
Para o delegado Flávio Stringuetta, a ação pode até atrapalhar as investigações contra o ex-parlamentar. “Eles (Ministério Público) querem fazer churrasco com o boi dos outros. Sabem que estamos nesta investigação da Castelo de Areia que também apura fraudes feitas pelo João e do nada vem com quatro pedidos de prisão sem ao menos consultar a Polícia Civil?. O que eles fizeram hoje reforça a falta de ética por parte do Ministério Público com os parceiros de investigação”, enfatizou indignado o delegado.
Stringuetta declarou que já ouviu o médico que operou o ex-vereador e que os indícios são fortes de que João Emanuel tenha falsificado atestado médico.
USAMA 08/09/2016
JUSTIÇA !!!!! JUSTIÇA !!!!! JUSTIÇA !!!!! CADEIA NELES !
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