FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, apontado como um dos líderes da quadrilha que desviou recursos da Secretaria Municipal de Saúde de Sinop, usava a empresa da esposa, a Cuyabana Cervejaria Artesanal Ltda, para receber o dinheiro oriundo do esquema, conforme apontam as investigações.
Célio ao lado do sócio, o advogado Hugo Castilho, teria causado um prejuízo de R$ 87 milhões aos cofres públicos. Eles foram presos nesta quinta-feira (19), durante a Operação Cartão-Postal.
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Conforme a investigação, o esquema veio à tona após a colaboração premiada do médico Luiz Vagner Silveira Golembiouski, dono da empresa MedClin.
A MedClin foi contratada pelo Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), qual Hugo era sócio, para prestar serviço de mão de obra médica, locação de ambulâncias, atendimentos em UTIs e unidades de saúde de pequeno, médio e grande porte. O valor do contrato era no valor de R$ 1,3 milhão mensal.
A subcontratação da MedClin entre os meses de setembro e outubro de 2022, deu-se no bojo do contrato firmado entre o município e o IGPP, com valor global de R$ 21.448.815,64.
De acordo com delator, a partir do primeiro pagamento ele começou a ter mais contato com Hugo, que começou a cobrar um “retorno” de R$ 277 mil de Luiz, para que o contato da MedClin se mantesse com o IGPP.
Essa e outras quantias eram depositadas em contas de terceiros, entre elas da Cuyabana Cervejaria Artesanal Ltda, empresa da esposa de Célio.
Além da Cervejaria, a MedClin também realizou pagamentos à HiperMed, empresa também vinculada a Célio.
Encontro com Célio
O delator conta quem em janeiro de 2023 foi apresentado a Célio e foi neste momento que ele percebeu a proximidade de Hugo e o ex-secretário de Saúde de Cuiabá.
“Nas palavras do Colaborador: O Célio e o Hugo é uma pessoa só. As empresas são todas deles. As empresas que estão pegando dinheiro em Sinop. Essas empresas que estão pegando dinheiro em Sinop são do Célio”, diz trecho do documento.
Prisão
Célio foi preso na quinta-feira (19), na Operação Cartão-Postal. Essa é a terceira vez que ele detido. A primeira prisão foi em outubro de 2021, no âmbito da Operação Cupincha, deflagrada pela Polícia Federal. Célio, à época secretário, foi acusado de desviar verba destinada para o custeio de leitos de UTI para pacientes com Covid.
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Em fevereiro de 2023 ele foi preso novamente pela Polícia Civil na Operação Hypnos. Dessa vez, o desvio de dinheiro foi na compra de medicamentos que nunca foram entregues.
Na decisão em que determinou a prisão de Célio naquela época, o juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), destacou que ele “possui uma personalidade voltada ao crime”.
Já nesta decisão, o mesmo juiz, destacou que Célio Rodrigues da Silva mais uma vez demonstra a sua reiteração delitiva em crimes da mesma espécie.
Roberto Robson Silva Antunes 23/10/2023
Esse Célio tem que ser processado e mofar na cadeia,bandido de primeira linha...
1 comentários