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Cuiabá, 06 de Junho de 2025
06 de Junho de 2025

04 de Junho de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / 63 ANOS DE CADEIA

Ex-marido e mais dois réus são condenados por matar empresária em "ritual de magia"

Ao todo, a pena atribuída ao trio chega a 63 anos e 8 meses de prisão.

DO REPÓRTER MT



Os réus Cláudio Valadares dos Santos (ex-marido da vítima), Márcio Andrade dos Santos e Jucilene Batista Rodrigues foram condenados pelo Tribunal do Júri, nessa terça-feira (3), pelo assassinato da empresária Indiana Geraldo Tardett, ocorrido na madrugada do dia 31 de maio de 2021, durante um “ritual de magia”, no município de Lucas do Rio Verde (a 332 km de Cuiabá).

Ao todo, a pena atribuída ao trio chega a 63 anos e 8 meses de prisão. Cláudio, que era ex-marido da vítima, foi condenado a  24 anos; Jucilene a 21 anos; e Márcio a 18 anos e 8 meses. Eles respondem pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e fraude processual, conforme denunciado pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Lucas do Rio Verde.

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De acordo com o promotor de Justiça Samuel Telles Costa, o assassinato exigiu um trabalho minucioso do Ministério Público Estadual (MPE), haja visto as diversas tentativas dos assassinos em fraudar a cena do crime, com alegações infundadas de intolerância religiosa.

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“A condenação representa a prevalência de provas legítimas sobre as tentativas de manipulação, sendo uma resposta à altura da gravidade dos crimes e o desfecho justo que a família da vítima aguardava há quatro anos”, citou.

Conforme relatado na denúncia apresentada pelo MPE, Cláudio e Indiana mantinham união estável desde 2016 e eram sócios em uma empresa do ramo de manutenção de aeronaves. Ela era responsável pela parte financeira e gerencial, enquanto ele cuidava da parte operacional. Nos dias que antecederam o crime, o casal, que já vivia um relacionamento conturbado e marcado por traições, iniciou um processo de separação.

Por se considerar o único proprietário da empresa e detentor exclusivo dos direitos sobre o negócio, Cláudio queria se livrar da companheira a qualquer custo e, consequentemente, evitar a divisão igualitária do patrimônio.

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Com isso, Cláudio entrou em contato com Márcio, sacerdote de candomblé e conhecido como “Pai Baiano”, que já prestava auxílio espiritual ao casal. Ao homem, o mandante do assassinato contou que o relacionamento com a vítima estava insustentável e que não bastava apenas “desamarrar a relação”, mas sim “colocar Indiana no caldeirão do satanás”.

Márcio, então, pediu ajuda a Jucilene, que também atuava com rituais de candomblé, para executar o crime. Eles foram até a casa da vítima entre os dias 30 e 31 de maio, sob o pretexto de ajudá-la a reatar o relacionamento.

Conforme a apuração do MP, foi o sacerdote quem desferiu o primeiro golpe na cabeça de Indiana, com um facão artesanal de aproximadamente 1,1 kg, deixando a vítima desacordada. Com o objetivo de confundir a polícia, o trio cortou os pulsos e o pescoço da vítima e deixou a faca na mão de Indiana, simulando que ela havia se suicidado.

 

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