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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
18 de Maio de 2024

17 de Abril de 2024, 07h:14 - A | A

POLÍCIA / GABINETE DO CRIME

Delegado é preso acusado de liderar esquema de corrupção que cobrava "hospedagem" de presos e propina para liberar apreensões

O esquema que cobrava diárias e multas para liberação de itens apreendidos ainda contava com a participação de um advogado e garimpeiros

DO REPÓRTER MT



A Corregedoria da Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (17), a “Operação Diaphthora”, para cumprimento de 12 mandados judiciais para apurar um esquema criminoso liderado pelo delegado Geordan Fontenelle titular da delegacia de Peixoto de Azevedo, um investigador de polícia, um advogado e garimpeiros. Contra a autoriade policial foi cumprido um mandado de prisão. 

As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município.

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Com o aprofundamento das investigações foram identificados os servidores envolvidos no esquema criminoso sendo o mentor e articulador, o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo e um investigador da unidade, aliados a advogado e garimpeiros do município.  

Entre os crimes praticados pela associação criminosa foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de propina para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. 

Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.

São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa, e advocacia administrativa. 

Com a operação, a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Corregedoria-Geral, demonstra o caráter republicano em garantir a integridade pública da instituição, investigando e responsabilizando seus integrantes, bem como verticalizando as investigações para desarticular a associação criminosa que agia, de forma oculta, na estrutura estatal, trazendo descrédito às ações da Polícia Civil no município.

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