CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) prendeu, na manhã desta quarta-feira (22), em Cuiabá, três pessoas envolvidas em uma quadrilha acusada de falsificar diplomas e históricos escolares de cursos à distância. As prisões fazem parte da segunda fase da Operação “Volta às aulas”, da Polícia Civil do Paraná, onde a quadrilha era chefiada.
Foram presos em Cuiabá o dono do Centro Educacional Cuiabá (Ceduc), Edson Luiz Carvalho, que também é membro do Conselho Estadual de Educação (CEE), e o sócio dele, Hugo Leonardo David. Ambos foram presos na falsa escola de ensino à distância, que fica localizada na rua Desembargador José de Mesquita, no bairro Araés. Um parente de Edson e secretário na Ceduc, Richtelle Rogério de Carvalho Porto também foi preso nesta manhã. As casas dos três foram alvos de mandados de busca e apreensão.
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Cerca de 350 pessoas utilizaram diplomas do Ensino Médio falsos para ingressar em universidades. Agora, os alunos, que pagavam cerca de R$ 1,7 mil pelos certificados e diplomas falsos, também passarão a ser investigados pela Polícia Civil do Paraná.
No Paraná, a quadrilha atuava em 11 cidades e oferecia dez cursos à distância. Também houve três presos no Rio de Janeiro. Cerca de 350 pessoas utilizaram diplomas do Ensino Médio falsos para ingressar em universidades. Agora, os alunos, que pagavam cerca de R$ 1,7 mil pelos certificados e diplomas falsos, também passarão a ser investigados pela Polícia Civil do Paraná.
De acordo com a RPC, afiliada da Rede Globo, no Paraná, foram expedidos 42 mandados judiciais, sendo nove de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 24 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos da operação foi uma servidora da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed). Em Cuiabá, as prisões foram coordenadas pela delegada da Defaz, Cleibe de Paula.
Como o esquema funcionava
Os alunos interessados nos diplomas de Ensino Médio e cursos à distância pagavam um valor para fazer uma prova em um dos cursos oferecidos. A prova e a documentação dos alunos eram enviados pela quadrilha para cinco entidades, entre elas o Instituto Brasileiro de Ensino Distância (Ibed). Em seguida, as entidades criavam uma pasta falsa com históricos escolares e enviava para a Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Seed), que autenticava os documentos.