JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) vão transferir o detento Eduardo Juliano dos Santos Bravo, também conhecido como ‘Dudu’, do Centro de Ressocialização de Cuiabá (Carumbé) para o Raio 5 da Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. A transferência do preso deve ocorrer ainda nesta terça-feira (2).
O detento é acusado de comandar uma quadrilha que traficava drogas para outros Estados do país. A articulação era feita por ‘Dudu’ de dentro da unidade prisional, com o auxílio de aparelhos celulares e foi descoberta após a deflagração da operação ‘Remessa’.
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Conforme a delegada Alana Cardoso, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o traficante ainda pode ser acusado de lavagem de dinheiro, já que estaria usando a casa de câmbio, Divetur Turismo Ltda, localizada na Rua Comandante Costa, na capital, para que seus ‘clientes’ realizassem os pagamentos das cargas criminosas.
"Logo no início na operação pegamos mensagem de texto entre Eduardo e um cliente do Nordeste e ele orientava a pagar através dessa empresa. A questão da lavagem de dinheiro temos que apurar ainda. O fato é que a gente tem bem clara uma situação bem clara de remessa 25 kg de drogas para o estado do Pernambuco", destacou a delegada.
A OPERAÇÃO
As investigações iniciaram em abril deste ano, depois que Moacir dos Santos Almeida foi detido em flagrante pela Polícia Militar, em um lava-jato no bairro Tijucal, com cerca de 300 gramas de pasta-base de cocaína.
A partir da prisão, a investigação conduzida pela DRE apontou que Moacir trabalhava para Eduardo, que cumpre pena por tráfico de drogas, após ser preso junto com o delegado João Bosco, a esposa dele, a escrivã Gláucia Gasquesz e outros quatro policiais na operação ‘Abadon, desencadeada pela DRE no fim de julho de 2013.
Na ocasião, a polícia constatou que Eduardo havia aumentando seu poder econômico e passou a comandar o esquema de remessa de droga também para outros estados, usando pessoas que estão em liberdade para gerenciar o comércio ilegal.
Conforme a delegada Alana, no final de junho deste ano, a DRE efetuou a prisão em flagrante de Maria Cristina Gama, 57 anos, com 22 quilos de pasta-base de cocaína, ficando comprovado que a mulher junto com Moacir gerenciavam o tráfico para Eduardo, que tem ligação com outros suspeitos que estão sendo investigados por exercer a função de funcionário ou mula.
A droga estava dentro de uma mala encontrada em no quarto da casa da suspeito, no bairro Residencial Paiaguás, em Cuiabá.
*com informações da Polícia Civil