MAYARA MICHELS
A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga três assassinatos semelhantes, ocorridos em Várzea Grande. As vítimas foram torturadas, mortas a facadas e depois carbonizadas dentro de tambores de latão de lixo. Os crimes foram cometidos, horas depois que o soldado da PM Devanilson Gonçalves da Cruz, de 21 anos, ter sido executado na cidade.
Familiares das vítimas suspeitam que os assassinatos tenham ligação com a morte do policial, já que viram as vítimas pela última vez entrando em uma viatura da polícia. A Polícia aguarda pelos exames de DNA para confirmar os nomes e investigar possíveis antecedentes criminais.
Segundo o delegado João Bosco de Barros, que investiga os crimes, duas das vítimas foram executadas na mesma hora, já a terceira foi um pouco mais distante, porém do mesmo modo. Um Fiat Uno foi encontrado incendiado próximo à lagoa, com indícios de que as vítimas foram transportadas no carro, e para eliminar as provas, foi incendiado. Com a placa do veículo, a polícia descobriu que o Uno foi roubado na última sexta-feira (19).
Ainda segundo o delegado, os corpos foram carbonizados para dificultar a identificação. Policiais militares deverão prestar depoimento nesta semana. Até o momento não há suspeitos, já que a maioria das provas foram incendiadas.
Por pouco as vítimas continuariam sendo tratadas como desaparecidas, já que os assassinos colocaram pedras no fundo do tambor, porém o recipiente acabou boiado e foi encontrado por moradores da região do bairro Nossa Senhora da Guia, durante o domingo (21-10). No fim de semana, a polícia registrou seis homicídios apenas em Várzea Grande.
O soldado PM Devanilson Gonçalves da Cruz, de 21 anos, foi morto a tiros, na noite de sexta-feira (19), por dois homens em uma motocicleta, no bairro Mapim, em Várzea Grande. Segundo informações da PM, os dois pistoleiros se aproximaram do militar, que estava em pé, ao lado da sua moto, na Avenida Júlio Campos, e após pedir a arma do soldado, atiraram contra Devanilson. A DHPP investiga se o militar tentou reagir, ou se os criminosos foram ao local, exclusivamente, para executá-lo.