MAYARA MICHELS
Dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital registram 420 pessoas desaparecidas nos nove primeiros meses de 2011. Desse total 294 já foram localizadas, ou seja, 126 pessoas ainda não voltaram para suas famílias. Segundo a Polícia Civil, a maioria dos casos é denunciada com pouca informação. Até hoje 30% das ocorrências ainda não foram solucionadas.
A doença do mal de Alzheimer – mais propensa ao sexo masculino – é um dos vilões entre os idosos. Em Cuiabá, homens são a maioria dos casos com idade entre 18 e 68 anos. No caso dos idosos em que são diagnosticados com a doença muitos saem de casa e ficam perdidos no trajeto, pois acabam esquecendo como voltar para residência.
Em se tratando das mulheres, as crianças são a maioria dos casos. O desaparecimento delas está ligado a estupro e venda de órgãos. Existem casos verídicos de menores que são raptados e assassinados. Logo em seguida é feito o tráfico de órgãos, um crime muito comum nos dias de hoje, segundo a polícia.
Com base nas estatísticas de pessoas localizadas, 50% dos casos o indivíduo sai de casa – como de costume, porém não retorna. No caso das crianças, o abandono e os maus tratos dos pais é uma das causas mais comum.
O último episódio que comoveu a cidade foi o desaparecimento da menor Ana Cristina Costa da Silva, de oito anos. A criança foi vista pela última vez quando saiu de casa para comprar pão, no bairro Jardim Passaredo, no dia 8 de setembro. Após três dias foi encontrada morta em um terreno baldio da Capital. As suspeitas dão conta de que a vítima foi violentada sexualmente antes de morrer.
TRÁFICO DE ÓRGÃOS
Outro caso que chocou o estado foi o desaparecimento da menina Sara Victória Fogaça Paim, de cinco anos, em Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá). A criança desapareceu no dia 1º de junho de 2010 e até hoje não foi encontrada.
A polícia suspeita que a garota possa ter sito raptada para a prática de contrabando de órgãos em outro País. Sara morava com a mãe, o padrasto e mais dois irmãos em Sorriso.