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Cuiabá, 04 de Maio de 2025
04 de Maio de 2025

04 de Maio de 2025, 14h:00 - A | A

PODERES / ESQUEMA NA CÂMARA

Vereador utilizou contas bancárias de terceiros para ocultar recebimento de propina

Sargento Joelson e Chico 2000 são investigados por integrar o esquema na Câmara Municipal de Cuiabá.

DO REPÓRTER MT



O vereador Sargento Joelson (PSB) teria utilizado as contas bancárias de terceiros na tentativa de ocultar o recebimento da propina por parte da empresa HB20 Construções para a aprovações de matérias na Câmara de Cuiabá, de interesse da construtora. A informação consta na decisão que autorizou a Operação Perfídia, que apura o suposto esquema.

De acordo com o documento, assinado pela juíza Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), o vereador teria sido o líder da organização responsável pelo contato com representantes da empresa e pelo recebimento da propina, avaliada em R$ 250 mil.

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Além de Joelson, o ex-presidente da Casa de Leis, Chico 2000 (PL), também foi alvo da operação. Ambos foram afastados dos cargos por tempo indeterminado, tiveram os aparelhos celulares apreendidos e ainda todos os bens bloqueados.

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"No caso em tela, as evidências apontam que os investigados Joelson Fernandes do Amaral e Francisco Carlos Amorim Silveira, valendo-se de seus mandatos eletivos e da estrutura da Câmara Municipal de Cuiabá, orquestraram um esquema de solicitação e recebimento de propina, utilizando-se de aplicativos de mensagens para coordenar as ações e garantir a aprovação de interesses particulares em detrimento do bem público", diz trecho de documento.

Ainda na decisão, foi apontado que contas bancárias de terceiros foram utilizadas na tentativa de ocultar o recebimento das vantagens indevidas.

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"O uso de contas bancárias de terceiros, como a de José Márcio da Silva Cunha, para o recebimento dos valores ilícitos, aliado à pressão exercida sobre João Jorge Souza Catalan Mesquita para a realização dos pagamentos após aprovação da matéria legislativa, demonstram uma sofisticada tentativa de ocultar a origem e o destino dos recursos, utilizando-se de meios eletrônicos não apenas para a prática direta de crimes, mas também para a coordenação e ocultação das atividades ilícitas, demonstrando um modus operandi que exige a análise aprofundada dos dados armazenados nos aparelhos", diz outro trecho da decisão.

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor), iniciaram em 2024 após uma denúncia feita pelo então deputado federal, agora prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).

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Agora, a polícia apura se houve a participação de outros parlamentares no esquema. Vale lembrar, que a empresa se manifestou, por meio de nota, negando qualquer envolvimento nos atos apurados. Além disso, destacou que o ex-funcionário teria agido por conta própria.

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