Stopa admite que operações da PF e Gaeco derrubam "legado de obras" de Emanuel

RepórterMT

"Nós temos que olhar os dois lados. As coisas ruins não tiram o grande avanço que Cuiabá teve nesses oito anos", disse Stopa.

DO REPÓRTER MT

A seis meses de encerrar o mandato de vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV) admitiu na ultima sexta-feira (31), que as operações policiais contra a prefeitura, sob comando de Emanuel Pinheiro (MDB), investigaram irregularidades que, para ele, de fato ocorreram. Nesta semana a administração municipal foi alvo da 20ª operação, a Miasma, deflagrada pela Polícia Federal.

"A gente tem que olhar os dois lados: as coisas boas e também aconteceram as coisas ruins. As coisas ruins são as operações. Algumas, obviamente muito mais por questões políticas, e outras, sei lá, porque aconteceram mesmo", declarou ao fazer um balanço dos oito anos de gestão e da nova operação policial.

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Na Miasma, a PF apura irregularidades na compra de um software pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, ao preço de R$ 15 milhões, sem pesquisa de mercado. Foram empenhados 50% do valor, mas a pasta nunca teria utilizado o sistema operacional. Além disso, a operação também investiga o alguel de ambulâncias com empresas que não forneceram o serviço e nem tinham os veículos adequados para fazê-lo.

Entre os avlos da operação estão o empresáro Antônio Antônio Ernani Kuhn, irmão da primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro; sobrinho dela, Ernani Rezende Kuhn, e a cunhada da primeira-dama, Camila Nunes Guimarães Kuhn.

"Eu sei o que a imprensa publicou e isso tem que ser avaliado com muita calma, até porque temos ter a certeza realmente do que aconteceu. Mas qualquer operação é muito ruim", pontua Stopa.

Ao citar o lado bom deste período, o vice-prefeito elencou uma série empreendimentos construídos pela Secretaria de Obras, pasta que ele lidera. "Eu tenho muito orgulho do que eu faço e tenho minha consciência muito tranquila. Temos que separar a coisa boa da coisa ruim e existe muita coisa boa em Cuiabá: o Contorno Leste, dois viadutos [Juca do Guaraná e Murilo Domingos], construção do HCM, e 300 km de asfalto novo".

"Nós temos que olhar os dois lados. As coisas ruins não tiram o grande avanço que Cuiabá teve nesses oito anos", finaliza.