APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A juíza Edna Ederli Coutinho autorizou que a polícia tenha acesso aos dados e conteúdos armazenados nos aparelhos eletrônicos apreendidos no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada contra integrantes de um suposto esquema de propina envolvendo os vereadores Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL).
O objetivo, conforme a decisão judicial, é “desvelar a estrutura do suposto esquema de corrupção; as transferências financeiras espúrias e seus desdobramentos; e demais informações armazenadas nesses dispositivos, possibilitando a compreensão da extensão das atividades ilícitas”.
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De acordo com a investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Joelson e Chico “orquestraram um esquema de solicitação e recebimento de propina, utilizando-se de aplicativos de mensagem para coordenar e garantir a aprovação de interesses particulares em detrimento do bem público”.
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Para a magistrada, as informações contidas nas conversas, bem como os horários dos contatos e a análise dos metadados dos aplicativos podem revelar conexões e encontros que não poderiam ser descobertos por outras estratégias de investigação.
“A análise dos dados armazenados nestes dispositivos poderá revelar não apenas o conteúdo integral das comunicações criminosas, mas também detalhes sobre a estrutura do esquema de corrupção, a identificação de outros agentes públicos e privados envolvidos, a destinação dos recursos ilícitos e a existência de outros atos de corrupção ainda não descobertos”, pontuou a magistrada.
A magistrada ainda determinou que, no caso de Chico 2000, que é advogado, seja respeitado o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).