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Cuiabá, 15 de Fevereiro de 2025
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14 de Dezembro de 2018, 18h:12 - A | A

PODERES / GRAMPOLÂNDIA

Juiz dá liberdade ao cabo Gerson e tira tornozeleira de três coronéis

Decisão foi tomada durante audiência no Fórum de Cuiabá na tarde desta sexta-feira (14).

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Militar de Cuiabá, revogou parte das medidas cautelares impostas aos militares cabo Gerson Correa e aos coronéis Ronelson Barros, Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa, todos envolvidos no esquema de interceptações ilegais no âmbito do Governo do Estado – a “Grampolândia Pantaneira”. A informação foi confirmada pelos advogados Neyman Monteiro, que defende o cabo Gerson; e Stalyn Paniago, que defende o coronel Lesco.

A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (14), durante audiência no Fórum de Cuiabá. 

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Gerson não precisará mais dormir na Rotam [Batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel] todas as noites. A medida havia sido imposta porque o cabo violou o uso da tornozeleira eletrônica ao frequentar uma boate em Cuiabá com os amigos, no último dia 30 de outubro. Além de dormir no quartel, o militar foi obrigado a prestar serviços administrativos durante o dia em uma base da PM em Várzea Grande.

Já os coronéis Barros, Lesco e Zaqueu não precisam usar mais a tornozeleira eletrônica e também não são mais obrigados a estar em casa todos os dias, durante o período noturno.

Os militares poderão voltar a trabalhar normalmente. 

No entanto, o juiz Faleiros ainda manteve duas cautelares a todos os envolvidos: a de não se ausentarem de Cuiabá, sem justificativa prévia e aprovada pelo juízo; e a de comparecerem em todas as audiências quando forem convocados.

Grampos telefônicos 

O esquema de grampos teria sido realizado entre o período eleitoral de 2014 e o final de 2016. A deputada estadual Janaina Riva (MDB), o advogado eleitoral José do Patrocínio, o desembargador aposentador José Ferreira Leite, o jornalista José Marcondes “Muvuca”, a publicitária Tatiana Sangalli, entre outros, tiveram seus números de telefone incluídos indevidamente em operações policiais que investigavam crimes como o tráfico de drogas.

O governador Pedro Taques (PSDB) é julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Mauro Campbell Marques desmembrou o processo, que ainda tinha como réus o ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques, o ex-secretário de Segurança Pública Rogers Jarbas, o major Michel Ferronato, a esposa de Lesco, Hellen Lesco, e o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos coronel PM Airton Siqueira Batista, e os demais militares.

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