MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
O candidato ao Senado Mauro César Lara de Barros, que é conhecido como 'procurador Mauro' (Psol), defendeu que servidores públicos devem continuar recebendo salários quando se afastam para disputar eleições. Ele vem recebendo críticas por ter se afastado sete vezes, do cargo de procurador da Fazenda, desde 2006 para concorrer a cargos eletivos.
“Com relação à remuneração, exigir que os servidores candidatos se afastassem do seu trabalho em prejuízo da sua remuneração para quem vive exclusivamente do trabalho, realmente seria uma injustiça. Como é que eu sustentaria a minha família, as pessoas a quem eu amo, sem o benefício da minha remuneração?”, argumentou durante entrevista à TV Centro América. A afiliada à Rede Globo realiza uma série de entrevistas com os candidatos ao Senado.
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“Com relação à remuneração, exigir que os servidores candidatos se afastassem do seu trabalho em prejuízo da sua remuneração para quem vive exclusivamente do trabalho, realmente seria uma injustiça", argumentou o candidato.
Como procurador da Fazenda, Mauro recebe R$ 26,1 mil mais R$ 574,38 de verbas indenizatórias, de acordo com o Portal da Transparência.
Somadas, as seis licenças passadas que o servidor do Ministério da Fazenda tirou para fazer campanha, são 36 meses ou três anos afastado do trabalho e recebendo salário.
O candidato lembrou que o afastamento é uma exigência da legislação eleitoral. O objetivo seria evitar que eventuais candidatos pudessem influenciar as eleições estando em cargos públicos.
“É importante a gente explicar para o eleitor que a legislação atual exige que o servidor público se afaste do trabalho para que possa ser candidato. Se o servidor público não se afasta do trabalho, ele não pode ser candidato, ele se torna inelegível”, frisou.
Candidato ao Senado neste ano, Mauro disputou anteriormente os cargos de governador (2006), prefeito de Cuiabá (2008, 2012 e 2016), senador (2010) e deputado federal (2014). Servidores na condição dele têm de se afastar por um período de seis meses antes do dia da eleição.
“Eu acredito que o caminho é reduzir esse afastamento para o período eleitoral. Hoje, o período eleitoral que há algum tempo era de seis meses, foi reduzido para três meses e atualmente é de apenas 45 dias, com uma pré-campanha que começa em janeiro. Então, eu acredito que a redução desse afastamento para o período eleitoral exclusivamente é um bom caminho”, disse.
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Carlos Nunes 26/09/2018
Só teria que fazer duas perguntas pro Procurador: 1) afinal de contas o que ele quer ser? Já foi candidato a prefeito de Cuiabá, Deputado Federal, Governador, e agora Senador. Ou tá naquela, tento de tudo, e na qual ganhar assumo. 2) por que o Procurador só aparece durante a campanha eleitoral, depois desaparece...não defende servidor, nem trabalhador, não luta pela Saúde, nada. Poderia fazer isso nos finais de semana, ou nas férias. Não se ouve nenhuma manifestação do Procurador, entre as eleições...nem a favor, nem contra. O Onofre Ribeiro, no Programa Opinião, disse outro dia: parece aquele garoto levado, que durante a eleição, joga pedras, aponta defeitos...e depois esconde atrás da moita. Quanto ao recebimento dos benefícios, o Procurador tá 100% certo...tem direito de receber. Eu também se tivesse esse direito, queria receber centavo por centavo do dinheiro.
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