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Cuiabá, 10 de Setembro de 2025
10 de Setembro de 2025

16 de Abril de 2013, 09h:18 - A | A

OPINIÃO / Airton Reis

Último ato de um bailarino

Airton Reis



 

Pedro Paulo Gois Medina, além de um palco teatral. Artista, diretor, amigo e produtor cultural. Vítima de mais um crime de cunho sexual. Facadas de um canivete em ato brutal. Ausência além desta capital maculada em sangue derramado pelo instinto brutal.
       
Vai amigo, vai! Retorne a morada Daquele que nos concede a vida e nos move em direção à arte universal. Atravesse os umbrais que nos prendem a uma visão destorcida da eternidade sideral. Encontre a luz da fraternidade diante dos anjos que acolhem nesse seu embarque repentino. Continue sorrindo com os mesmos olhos de um menino que seus pais embalaram e educaram para o bem da pátria, da família e da humanidade.

       Seus algozes não ficarão impunes! Lumes haveremos de conduzir pela urgente reforma do código penal brasileiro. Torne-se obreiro da luz. Aviste os caminhos que lhe conduzirão aos braços do Nosso Senhor Bom Jesus. Confirme a sua fé na Palavra de uma mesma Escritura Sagrada. Adorne-se da esperança de uma Terra prometida aos mansos e pacíficos de alma e coração. Continue testemunha da virtude em mais de uma ocasião em que as palmas descortinaram mais de um espetáculo neste e em outros estados federados de uma nação refém da violência urbana desmedida.

       Os poucos anos de sua missão terrena, que hora se encerram num dramático espetáculo sem público pagante, doravante são mais do que um compromisso pelo fim da impunidade daqueles que atuam pela barbaridade em todos os quadrantes do planeta em convulsão acelerada. Saiba que a sua jornada dedicada à expressão teatral não se findou em um ato da mais violenta e vil atrocidade.

       Perdoe-nos pelas lágrimas irmanadas numa mesma saudade. Perdoe-nos pelas mãos unidas em aplausos que não pudemos manifestar em seu funeral testificado pela mesma fé. Com você, o sagrado manto da Nossa Senhora Imaculada de Nazaré. Com você o cajado do Nosso Senhor Bom José. 

       Aqui nesta página de opinião, nos despedimos em nome de todos os seus amigos e amigas que conosco cultivarão a sua memória no lado esquerdo do coração. Até que um dia nos reencontremos, além, muito além deste mundo aonde ainda impera a injustiça, a dor e a imperfeição. Deus contigo, Emanuel! “Bem aventurados os mansos e os pacíficos porque serão chamados e reconhecidos como filhos de Deus”. Assim seja!
 
 
Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT

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