facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 21 de Julho de 2025
21 de Julho de 2025

19 de Janeiro de 2016, 09h:02 - A | A

OPINIÃO /

Delação premiada: verdade inconteste ou grande falácia?

O maior problema das delações premiadas tem sido as constantes mudanças em seus depoimentos.

LÍCIO ANTÔNIO MALHEIROS



Está em voga em nosso país, através do ordenamento jurídico, a delação premiada, derivada do latim delatione, que significa a ação de denunciar, revelar. Já o termo premiada se deve ao fato de o legislador conceder prêmios ao delator que colabora com as autoridades. A delação premiada é uma técnica de investigação consistente na oferta de benefícios pelo Estado àquele que confessar e prestar informações úteis ao esclarecimento do fato delituoso. Este mecanismo jurídico tem sido usado de forma intensa nas operações de combate á corrupção e lavagem de dinheiro; a exemplo, a Operação Lava-Jato, nessa operação,  foram condenados Nestor Cerveró, José Carlos Bumlai e  Fernando Baiano.

O maior problema das delações premiadas tem sido as constantes mudanças em seus depoimentos, o delator ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Serveró,  três dias atrás, afirmou em delação premiada que o então presidente Luiz Inácio lula da Silva deu-lhe um cargo público em 2008 como “reconhecimento”  pela ajuda que ele prestou para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões considerados fraudulentos pela Operação Lava-Jato; caracterizando assim, aquele, antigo modo de fazer política,  do toma lá dá cá.

O delator Nestor Cerveró, foi mais além, nesse primeiro momento em seu depoimento, afirmou que Luiz Inácio lula da Silva decidiu indicar seu nome para o novo cargo “como reconhecimento da ajuda do declarante em questão [Cerveró]”, ou seja, por ele “ter viabilizado a contratação da Schahin como operadora da sonda”. Sua atuação teria rendido-lhe dividendos através de “sentimento de gratidão do PT”.

Cerveró ficou na diretoria entre 2003 e 2008, e em seguida, foi nomeado diretor financeiro e de serviços de uma subsidiária da estatal petroleira, a BR distribuidora. Segundo o declarante [Cerveró], Lula o teria indicado para o cargo, por ele “ter viabilizado a contratação da Schahin  como operadora da sonda”.

Outro delator em seu depoimento, José Carlos Bumlai admitiu que o empréstimo contraído no Banco Schahin, foi usado para quitar dívidas do PT, mais isentou Lula de participação no negocio. O empréstimo, disse o pecuarista nunca foi pago. Ainda segundo ele, “a contratação do navio-sonda implicou no pagamento de propina estimada em US$ 25 milhões a funcionários da Petrobras, políticos e lobistas”.

O delator Nestor Cerveró, abriu literalmente sua metralhadora giratória e, atirou para todos os lados. Se formos elencar a questão envolvendo a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que causou prejuízo milionário à estatal, vai sobrar até mesmo para, o Palácio Planalto, uma vez que na época da compra da referida refinaria, quem era a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, era nada mais nada menos que, Dilma Rousseff, naquele momento ela tinha as informações necessárias para tomar a decisão de comprar ou não a referida refinaria.

Se fossemos elencar outros personagens envolvidos nessa podridão, envolvendo: corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e outras coisas mais, este, não seria um artigo, e sim um livro de terror, tendo como protagonistas desses desmandos e roubalheiras: políticos, lobistas, empresários e por ai vai. E quem na verdade acaba  pagando a conta somos nós reles mortais,   que temos nossos  impostos retidos na fonte.  

 

Pare o mundo, quero descer!

>>> Siga a gente no Twitter e fique bem informado

Comente esta notícia