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Cuiabá, 15 de Março de 2025
15 de Março de 2025

24 de Junho de 2013, 09h:21 - A | A

OPINIÃO / DILEMÁRIO ALENCAR

Crack, o flagelo nacional

DILEMÁRIO ALENCAR



O Crack, droga derivada do subproduto da cocaína, se tornou um flagelo nacional. Espalhada pelo país em diferentes classes sociais tomou não apenas as ruas, mas também as salas de aula.

Com custo relativamente baixo e alto potencial destrutivo, o crack é, dentre as substâncias entorpecentes, aquela que tem causado as consequências mais graves na sociedade.

Quem prova o crack tem uma grande chance de torna-se dependente mais rápido que todas as outras drogas. O crack destrói os neurônios, causa alucinações, inibe a fome, degenera os músculos do corpo, causa insônia dentre muitos outros males.

Em todo país os serviços de atendimento a dependentes químicos relatam que mais e mais pessoas, independentemente da classe social e idade, vêm nos últimos anos procurando ajuda para se livrar do vício do crack. A droga já é a segunda maior causa de procura por atendimento nos centros especializados em abuso de álcool e drogas ligados ao SUS. Nesses locais, o crack só perde para a bebida alcoólica.

Infelizmente em Cuiabá, o consumo do crack tem crescido de forma assustadora e devassadora, atingindo, de forma grave a saúde física e mental de milhares de usuários. Mais do que isso, essa droga tem debilitado laços familiares, relações sociais e ajudado a aumentar os índices de criminalidade, violência e outros problemas sociais.

Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, realizado em setembro de 2012, mostra que quatro regiões em Cuiabá já são consideradas "cracolândias".

As regiões consideradas cracolândias são: Porto (na orla, debaixo da ponte e na Praça Major João Bueno, o Alvorada (região do terminal Rodoviário de Cuiabá), o Centro (Beco do Candeeiro e Centro Histórico de Cuiabá) e os bairros Jardim Leblon e Pedregal, que são considerados uma única região.

Entendo que de forma nenhuma podemos ficar omissos diante desse grave problema social. Venho defendendo que a Câmara Municipal precisa atuar para ajudar a combater o avanço do crack em nossa cidade.

Nesse sentido, os vereadores aprovaram requerimento de minha autoria que criou a Comissão de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas Entorpecentes. A proposta é de que Câmara Municipal possa ter um canal permanente para discutir com a sociedade civil organizada formas de enfrentar o aumento do uso do crack e outros tipos de drogas no município de Cuiabá, passando pelos eixos do tratamento, acolhimento, orientação familiar, reinserção social e defesa de mudanças na legislação para repressão ao tráfico.

Penso que a Comissão pode contribuir no processo de elaboração de políticas públicas visando o enfrentamento às drogas, pois seus membros poderão ouvir especialistas do setor, autoridades regionais, representantes de comunidades terapêuticas, autoridades jurídicas ligadas à área, profissionais da área de saúde, comunidades escolar e acadêmica, para que assim, possamos obter amplo conhecimento acerca desse grave problema social e levantar propostas que contribuam para barrar o avanço do consumo das drogas em nossa cidade.

A Comissão também poderá trabalhar cobrando dos governos municipal, estadual e federal a execução de planos e metas de investimentos para a área, como por exemplo, a construção de mais unidades do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas em Cuiabá.

 

Dilemário Alencar é vereador PTB de Cuiabá.

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