Nos próximos dias, governo de Mato Grosso e prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, além de outros segmentos da sociedade mato-grossense retomam os debates, numa audiência pública, na Câmara de Vereadores de Cuiabá, sobre a insistência do governo estadual, no traçado das obras do Transporte de ônibus Rápido, o BRT.
Além da proposta de vender os vagões dos trens do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, para o governo da Bahia.
A Imprensa tem noticiado que o governo estadual não esclareceu com eficiência, a execução e o traçado das obras em andamento na Avenida da FEB em Várzea Grande para análise dos técnicos da prefeitura de Cuiabá, assim como, o trajeto exato do BRT, que altera a estrutura da cidade, como pode ocorrer em Várzea Grande.
A audiência pública servirá para esclarecimento e acompanhamentos das intenções do governo em relação às obras e a venda dos vagões dos trens do VLT que desde 2014, quando deveriam estar funcionando, ficaram ao relento do sol e da chuva na cidade vizinha, numa degradante imagem nas nossa cabeças, de R$ 1 bilhão jogados fora, ou símbolo da corrupção brasileira.
Apesar de tudo isso, os governos seguintes e o atual criam expectativas na população de que o VLT seria resgatado até para fortalecer a autoestima da população que queria dizer aos quatro cantos do Brasil e com orgulho, que Mato Grosso utilizaria um transporte de qualidade e de respeito ao meio ambiente.
Entanto, o que se viu no passar dos tempos, foram iniciativas contrárias de desrespeito à expectativa da população das duas maiores cidades mato-grossenses, que ainda querem utilizar o transporte público, que é tendência já consolidada no mundo: o VLT.
Isso é brincar com a vida das pessoas, principalmente, aquelas menos favorecidas, que por incrível que pareça é a que paga todas as contas da sociedade. E o que recebem? Arrogância, prepotência de um “desgoverno” que tenta justificar que o VLT remete à corrupção a um ex-governador do passado recente, além de ser um mais caro recuperá-lo que investir no Transporte de Ônibus Rápido, o BRT.
As duas tecnologias são plausíveis pela evolução que alcançaram em todo o mundo, tornando transportes menos onerosos aos cofres públicos e menos poluentes ao meio ambiente. O governo da “transparência” dá mostras do mesmo expediente utilizado que promoveu os problemas históricos e vergonhosos no traçado do antigo VLT.
O novo trajeto do BRT, segundo a Sinfra informou à Imprensa, terá vários corredores, que podem encarecer a obra até mais do projeto anterior para implantar trens entre as duas cidades.
No primeiro corredor, o ônibus sairá do Terminal André Maggi em Várzea Grande, percorrendo as Avenidas Filinto Muller, João Ponce de Arruda, Avenida da FEB, Tenente-Coronel Duarte e Historiador Rubens de Mendonça, até o Terminal do Coxipó.
Já no segundo corredor, o BRT sairá do Terminal do Coxipó e percorrerá as Avenidas Fernando Corrêa e Coronel Escolástico até o Centro de Cuiabá.
O corredor entre Várzea Grande e o CPA contará com três linhas: uma linha que pára em todas as estações do trajeto, seja na ida ou na volta
Uma linha expressa, que sai do Terminal André Maggi e para somente no Porto de Cuiabá. Outra linha expressa que sai do Terminal do CPA até o Centro de Cuiabá, parando apenas no Shopping Pantanal. Já o corredor entre Coxipó e Centro de Cuiabá terá duas linhas: Uma linha que para em todas as estações do caminho. Uma linha expressa, que para apenas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Ao chegarem no Centro da capital, as linhas expressas dos dois corredores sobem a Avenida Getúlio Vargas, fazem o contorno na praça do Chopão e descem a Avenida Isaac Póvoas, antes de retornarem para sua origem.
De acordo com o projeto, a Avenida da Feb continuará com duas pistas em cada sentido após o fim dos trabalhos.
Conforme o cronograma da Sinfra, a previsão é que o projeto em Várzea Grande seja finalizado no fim do primeiro semestre de 2024. Ainda não se sabe sobre as datas do início das obras em Cuiabá e quando o modal começará a funcionar.
A audiência pública é dever dos vereadores na função de fiscalizar e acompanhar as obras estaduais e municipais nas cidades. Queremos mostrar metas e soluções para os possíveis problemas que afetam os municípios.
Luís Cláudio é vereador em Cuiabá.