MATIAH AQUINO, MATHEUS GARZON
METRÓPOLES
Utilizado em exames de imagem, como tomografias, o contraste iodado permite visualizar a vascularização em determinadas partes do corpo dos pacientes. Em meio à escassez global desse insumo, o Ministério da Saúde passou a recomendar que o item seja racionalizado.
Esta é apenas uma entre diversas substâncias de uso médico em falta no sistema de saúde brasileiro. Na última sexta-feira (22/7), representantes da pasta reconheceram que ao menos 86 medicamentos não estão disponíveis nos estoques institucionais.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Um informativo interno foi emitido para orientar o uso cauteloso do contraste. De acordo com a secretária de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Maíra Botelho, os estoques serão recompostos apenas no fim de setembro.
“Nós temos hoje quatro fornecedores no país”, disse a secretária, durante a coletiva. “Há dois fornecedores que interromperam a prestação desse serviço (um deles já conseguiu a aprovação da Anvisa para comercializar o seu produto, mas ainda não voltou), e outros dois continuam atendendo seus clientes, mas ainda não têm condições de ampliação de fornecimento.”
A nota informativa distribuída pela pasta pede que sejam priorizados “procedimentos em pacientes de maior risco e em condições clínicas de urgência e emergência”. Orienta-se ainda que os estoques sejam avaliados, que se evite o desperdício e que a utilização de métodos alternativos seja considerada.
“A interrupção nas cadeias de suprimento, produção e distribuição ocorre principalmente por consequência da pandemia da Covid-19 na China, uma vez que medidas de lockdown foram decretadas localmente, impactando a cadeia de produção das indústrias chinesas”, explica o informativo. Leia mais em METRÓPOLES